MIRANTE

12 DE JANEIRO DE 2013

Negócio
Meios empresariais comentam, reservadamente, que uma importante publicação local está sendo negociada. Segundo consta, já foi oferecida para políticos do ABC.

Como foi? 1
Um assunto que está na ordem do dia na política local é a vitória do vereador Donizete Pereira (PV), da oposição, na eleição para presidência da Câmara de Santo André, que foi realizada logo após a posse dos vereadores.  Tudo indicava que a situação, equipe comandada pelo prefeito Carlos Grana (PT), antes do pleito, estava com a faca e o queijo nas mãos. E por que deu errado? Ora, à primeira vista é que os petistas que fizeram as negociações com os vereadores, com tanta facilidade à disposição das negociações, pisaram feio no tomate. Talvez, com a vitória para a prefeitura, pensaram que a eleição na Câmara seria uma baba.

Como foi? 2
A oposição tinha quatro vereadores do PTB, dois do PTdoB, dois do DEM e um do PV, que somavam nove votos. O PT elegeu seis vereadores e precisava, portanto, de mais cinco votos se os 21 vereadores eleitos pudessem votar. O total reduziu para 19 vereadores em condições de votar, pois os dois do PMDB, Sargento Juliano e José Araujo, não foram diplomados e também não foram empossados. Assim, o PT necessitava de mais quatro votos.

Como foi? 3
No entanto, o que pesou na derrota petista foi a posição dos vereadores da oposição eleitos pela primeira vez. Nas conversações com a equipe petista, os novatos ficaram sabendo que os vereadores reeleitos tinham recebidos propostas com mais itens do que os novatos. Isso causou uma enorme reação e alguns deles chegaram a comentar o seguinte: “o voto de todos os vereadores é igual. Será que os veteranos têm direito a dois votos”? Depois disso, dois vereadores novatos eleitos pelo PDT somaram com os opositores, perfazendo um total de 11 votos contra 8 do PT.

Como foi? 4
Diante da vitória da oposição no pleito para eleição para o presidente da Câmara de Santo André, muita gente pensou que quem estava por detrás dessa manobra vitoriosa seria o ex-prefeito Ravin. Um vereador novato revelou que “pesou na balança a má negociação dos petistas com os vereadores novatos  e que o ex-prefeito Ravin nada teve a ver com essa estratégia”.

Adjunto
Os petistas, de um modo geral, procuram sempre se aliar a outras correntes  políticas por ocasião do processo eleitoral. Nas negociações, é evidente, o político, convidado para apoiar o candidato petista, pede sempre, de um modo geral, um cargo de secretário na eleição municipal. O partido, é claro, aceita a solicitação. Só que, depois de vencer a eleição, confirma a pretensão do aliado indicado-o para uma secretaria.  Quando o convidado assume, uma surpresa o aguarda. Um petista é indicado para ser secretário-adjunto.

Novos secretários
O prefeito Luiz Marinho (PT) resolveu cuidar pessoalmente da indicação dos novos secretários de sua equipe, que foi divulgada na sexta (11). Assim, segue o mesmo caminho feito na eleição para presidência da Câmara, que elegeu o petista Tião Mateus. Marinho cuidou também dos detalhes.

Não deu certo
A Prefeitura de São Bernardo, meses atrás, deixou a rua Padre  Lustosa com uma mão de direção no sentido à Marechal Deodoro, principal rua da cidade. Assim, os veículos que vinham do lado de baixo eram obrigados a entrar na Marechal e subir pela Rio Branco até a João Pessoa. Depois de alguns
meses, voltaram atrás. A Pe. Lustosa tem outra vez mão dupla. Quando fizeram a mudança, os técnicos da prefeitura jogaram todo o tráfego de veículos para subir a Rio Branco, que permite o estacionamento de veículos nos dois lados, ficando o meio para a passagem de apenas um carro. No período de expediente, quando um carro saía e outro ia estacionar, o congestionamento complicava a passagem dos veículos. Ainda bem.

Sem “cardeais”
Não se vê mais na Câmara de São Bernardo, como em tempos atrás, um grupo de vereadores denominados de “cardeais” sobre o comando do ex-vereador Lenildo Magdalena. Na época, quando não existia o PT, a Câmara tinha 19 vereadores, divididos em dois grupos de sete, sendo um da situação e outro da oposição. O terceiro grupo de cinco vereadores (cardeais) era independente, pois votava a favor dos itens que beneficiavam a cidade e, nas outras votações, conversava muito com a situação ou com a oposição. Assim, os cardeais sempre decidiam as votações, ganhando assim muito prestígio. Os componentes dos cardeais, que ganharam respeito, são Lenildo Magdalena, Alvaro Domingues, Gilberto Frigo, Hamilcar Paranhos e Antonio Amorim.

Deu zebra 1
Os jornais publicaram na terça (8) que o ex-prefeito José Auricchio, São Caetano, foi convidado pelo governador Geraldo Alckmin para assumir a secretaria de Esportes. As comemorações foram muitas na cidade. Na edição de quarta (9), o Estadão, na página seis, publicou matéria em meia página, com uma enorme foto de Alckmin com Auricchio, com  a manchete seguinte: “Alckmin anuncia petebista condenado para seu 1º escalão”.

Deu zebra 2
A matéria diz que “José Auricchio (PTB), que governou São Caetano entre 2005 e 2012, foi acusado de ter usado recursos públicos para distribuir cartão de natal com objetivo de se promover”. Apesar da matéria, o governador confirmou a posse de Auricchio para segunda (14).

Deu na mídia
Um editorial do Estadão, quinta (10), sob o título “O conselho de Olívio a Genoino”, teve o seguinte texto: “ao sugerir que Genoino repare o erro da posse renunciando ao mandato, seu companheiro de esquerda e de partido Olívio Dutra lhe recomenda um gesto que o redimirá do equívoco”.