Editorial

2026 já começou

O ano novo começou e, com ele, a esperança de dias melhores e da realização de sonhos e novas conquistas. É o momento de colocar em prática as promessas e resoluções para 2026.
O otimismo voltou a ganhar força entre os brasileiros na virada do ano. De acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva, 83% da população acredita que 2026 será um ano melhor do que 2025, o equivalente a cerca de 135 milhões de pessoas. Em 2024, 79% dos brasileiros avaliavam que 2025 seria melhor. A percepção positiva é mais forte entre os mais jovens de 18 a 29 anos, dos quais 93% acreditam que 2026 será melhor, índice que cai para 73% entre os mais velhos, com 50 anos ou mais.
Um dos principais termômetros do otimismo do brasileiro é o momento econômico do País. Para 2026, o grande desafio será manter o crescimento diante de um cenário global incerto, marcado por tensões geopolíticas, desaceleração da China e transição energética acelerada.
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) projeta, para o cenário de 2026, que a inflação permanece sob controle, o Banco Central inicie um ciclo de redução dos juros logo no primeiro semestre do próximo ano e, assim, facilite o crédito, tornando-o mais acessível, estimulando o consumo e a produção nacional.
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), deve cair para 4,2% em 2026. Itens importantes, como alimentos e produtos de fábrica, tiveram suas previsões de aumento reduzidas, de 2,5% e 2,6%. Por outro lado, o ritmo de crescimento do Brasil (PIB) em 2026 deve ser mais devagar: a previsão é 1,6% a 1,8%.
Em 2026, também bate à porta as eleições, com a corrida presidencial e disputas por cadeiras no Congresso, seja no Senado, na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas de cada estado. No ABC, os quatro deputados federais, Alex Manente (Cidadania), Vicentinho (PT), Mauricio Neves (PP) e Fernando Marangoni (União Brasil) devem buscar a reeleição, assim como os sete estaduais: Ana Carolina Serra (Cidadania), Carla Morando (PSDB), Thiago Auricchio, Rômulo Fernandes (PT), Teonílio Barba (PT), Luiz Fernando (PT) e Átila Jacomussi (União Br). A disputa promete ser acirrada já que deverão ser acrescentados novos candidatos na disputa, tais como os ex-prefeitos Paulo Serra (PSDB), Orlando Morando (sem partido), José Auricchio Jr. (PSD) e Clóvis Volpi (PL).
Passado sete anos, da disputa eleitoral de 2018, quando houve o acirramento da polarização política entre os brasileiros, dividindo famílias e propagando ódio entre amigos, as eleições de 2026 ainda prometem repetir esse ciclo odioso e obsoleto entre os “lados opostos” da política nacional. Um exemplo disso foi a polêmica que envolveu a campanha de fim de ano das sandálias Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres. A marca virou tema de disputa política nas redes sociais e levou apoiadores da direita a defenderem boicote aos produtos da empresa. Isso porque no comercial a atriz afirma não desejar que as pessoas comecem 2026 “com o pé direito”, expressão associada à sorte. Disse que preferia desejar que o público começasse o ano “com os dois pés”, estimulando uma ideia de ‘ação’.
Em 2026, o Brasil e o mundo também terão um enorme desafio em comum, o das mudanças climáticas. Para o próximo ano, está previsto que a temperatura global ultrapasse 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, que haja a intensificação de eventos climáticos extremos e graves impactos na agricultura e na saúde pública.
Portanto, neste novo ano, que possamos deixar para trás as rivalidades inflamadas da polarização política e que possamos caminhar rumo à prosperidade e ao desenvolvimento. Aconteça o que acontecer, os brasileiros não devem perder o ímpeto de lutar, trabalhar e superar toda e qualquer adversidade, com um sorriso no rosto.

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