O Consórcio Intermunicipal do ABC está sob novo comando. Na terça (28) de janeiro, os prefeitos, de São Bernardo, Marcelo Lima (Pode), foi oficializado como presidente e, de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), como vice.
A entidade foi criada oficialmente em 19 de dezembro de 1990 e teve como idealizador e primeiro presidente o então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), que empresta seu nome ao prédio onde, hoje, funciona a entidade regional. O Consórcio nasceu com o objetivo de reunir os dirigentes dos municípios do ABC para o planejamento, a articulação e definição de ações de caráter regional. É mantido com recursos oriundos dos municípios, de acordo com suas receitas orçamentárias.
Fizeram parte da composição inicial os sete prefeitos do ABC à época: Celso Daniel (Santo André), Mauricio Soares (São Bernardo), Luiz Tortorello (São Caetano), José Augusto da Silva Ramos (Diadema), Amaury Fioravanti (Mauá), Luiz Carlos Grecco (Ribeirão Pires) e Aparecido Benedito Franco (Rio Grande da Serra).
Atualmente, o Consórcio conta com participação de seis prefeitos: de Santo André, Gilvan Júnior (PSD); de São Bernardo, Marcelo Lima (Pode), que anunciou o retorno do município após desligamento da entidade por cerca de dois anos; Diadema, Taka Yamauchi (MDB); de Mauá, Marcelo Oliveira (PT); de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL) e de Rio Grande da Serra, Akira Auriani (PSB).
Apenas São Caetano, que anunciou saída da entidade, em dezembro de 2022, permanece de fora, com o prefeito Tite Campanella (PL), atuando como “assistente”, segundo suas próprias palavras.
Oficializado presidente, Lima afirmou que pretende fazer uma gestão aberta ao diálogo e com foco em resultados. Também garantiu que não haverá vaidade e nem disputa de ego, como ocorria “antigamente” e que a entidade focará no seu papel de trazer recursos e investimentos e melhorar a região.
Entre as principais demandas do Consórcio está a implantação do Cross Regional (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) que reunirá informações dos pacientes de toda a região. Porém, além dessas há muitos outros desafios que devem ser vencidos.
Apesar do Consórcio do ABC ter conquistado R$ 50,6 milhões de investimentos para a região em 2024, o feito foi muito por conta do bom relacionamento e proximidade do ex-presidente da entidade, José de Filippi Júnior (PT) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Vale lembrar que a entidade acumula uma série de projetos que não vingaram. Entre eles, está o aplicativo de celular “Alerta ABC”, que foi lançado em 2018, pelo então presidente do Consórcio, Orlando Morando, com objetivo de monitorar as condições climáticas da região e disponibilizar, gratuitamente, todo o conteúdo aos munícipes. O app naufragou logo após ser lançado. Também foi inaugurada, em junho de 2017, uma sucursal da entidade em Brasília, montada em um imóvel de 90 m² e com custo anual de R$ 120 mil ao órgão. Outra iniciativa a qual nunca mais se comentou sobre.
Sendo assim, a entidade bem que poderia focar nos problemas que realmente afetam diretamente a população da região, como por exemplo, além da unificação dos dados da Saúde na região, o congestionamento crônico de veículos em todos os municípios, além dos horários de pico.
A região tem 2,54 milhões de habitantes no total, possui 1,96 milhão de veículos. Sendo assim, os motoristas têm demorado a cada ano que passa mais tempo para se deslocarem entre os municípios ou transitarem na própria cidade. Até agora, o Consórcio não se atentou a esse problema, quem sabe a nova gestão traga uma solução.
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