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Confiança do consumidor tem alta após quatro meses de queda, diz ACSP

Melhora generalizada da confiança resultou em maior disposição a comprar itens de maior valor, como carro e casa (Foto:Ag.Br)

O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em maio, 96 pontos, aumentando 1,0%, em relação a abril, e diminuindo 3,0% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Embora tenha sido uma alta mensal modesta, trata-se da primeira após quatro contrações sucessivas do INC, que permanece no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.

Em termos regionais, registrou-se aumento da confiança para a quase totalidade das regiões do País, com exceção do Norte, onde a confiança diminuiu levemente. No caso das classes socioeconômicas, houve elevação da confiança para as classes AB e DE e estabilidade para a C.

Observou-se melhora da percepção das famílias, principalmente em relação às expectativas futuras de renda e emprego, e, em menor medida, em termos da situação financeira atual, com a segurança no emprego apresentando aumento.

Essa melhora generalizada da confiança resultou em maior disposição a comprar itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, como geladeira e fogão. A propensão a investir para o futuro também mostrou elevação.

Em síntese, o INC de maio, surpreendeu em termos mensais, mostrando aumento, embora continue caindo em termos interanuais. Em todo caso, o índice permanece no campo pessimista, e não se pode afirmar que o resultado de maio indique necessariamente uma mudança de tendência.

Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “a atividade econômica e o mercado de trabalho ainda demonstram certa resiliência. Esse cenário, aliado à ampliação do crédito consignado e ao aumento das transferências de renda por parte do governo, tem contribuído para manter o ânimo e o consumo das famílias. No entanto, a inflação elevada de itens essenciais, somada ao alto nível de endividamento dos lares e ao impacto negativo que, inevitavelmente, as altas taxas de juros exercerão sobre a economia, podem comprometer a confiança do consumidor nos próximos meses”, completa.

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