Durante o auge da pandemia de Covid-19, os shoppings centers foram fortemente impactados pelo fechamento temporário e restrições de funcionamento. Agora, de acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o País ganhará 17 novos shoppings em 2025.
Contrariando as expectativas, de que pós-pandemia os shoppings não seriam mais os protagonistas do varejo nacional, devido ao hábito intensificado na pandemia de compras online, os quase 20 novos shoppings no Brasil representam um aumento na abertura de novas unidades nos últimos anos. Em 2024, foram nove inaugurações, quase o dobro das cinco unidades abertas em 2023.
Na pandemia, os shoppings brasileiros sentiram um baque e haviam retrocedido a números de uma década atrás. O faturamento desses estabelecimentos chegou a R$ 128,8 bilhões em 2020, queda de 33,2% em relação ao ano anterior e um número próximo das vendas obtidas em 2009, de acordo com a Abrasce. Já o número de visitas chegou a 341 milhões no ano, um valor próximo ao visto em 2010. Desde 2017, o setor crescia acima do PIB e a perspectiva era de alta de 7% em 2020.
Agora, o setor de shoppings centers no Brasil entrou em uma boa fase e vem recuperando o público e os investimentos perdidos durante a pandemia. Em 2024, o faturamento do setor foi recorde. Chegou a R$ 198,4 bilhões, número 1,9% maior do que o de 2023, que foi de R$ 194,7 bilhões. Pelo menos nove estados do país (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, São Paulo, Sergipe e Rondônia), além do além do Distrito Federal, terão novos centros de compras neste ano. O primeiro lançamento foi em janeiro, em Caldas Novas (GO).
No total, são 648 shopping centers em atividade em 249 municípios brasileiros. O Estado de São Paulo ganhará três novos empreendimentos. São eles: Americana Shopping, na cidade de Americana; Boulevard Marília Shopping, em Marília, e Olímpia Garden Outlet, em Olímpia, todos localizados no interior de São Paulo.
Assim, a expectativa da Abrasce é de aumentar o faturamento em 2025, atingindo R$ 201 bilhões. Quanto ao número de visitantes, vem crescendo a cada ano, mas não recuperou ainda o patamar registrado em 2019, antes da pandemia, quando era de 505 milhões de visitantes mensais. Em 2024, o setor registrou 476 milhões de visitantes por mês, um aumento de 2,9%.
Outro movimento que tem impulsionado os shoppings é a saída de lojas de luxo de endereços nas ruas. Por exemplo, no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. As mudanças são visíveis no tradicional comércio de luxo no entorno da Rua Garcia D’Ávila.
Em dezembro último, a grife Louis Vuitton encerrou as atividades na loja de rua da Garcia D’Ávila, onde funcionava desde 2003 e inaugurou loja no Village Mall, na Barra da Tijuca. Até o final deste ano, a Hermès deve tomar o mesmo rumo. A Schultz também fechou as portas da loja de rua, mantendo apenas unidades no Village Mall. A debandada ainda inclui outras marcas como Cia Marítima, Valisere e Body For Sure.
Portanto, que a boa fase do setor no País possa perdurar, afinal, os shoppings centers são o passeio preferido de qualquer paulista. Seja para comprar, se alimentar, ir ao cinema, buscar algum serviço ou apenas passear com a família.
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