Editorial

Chegou o Natal

É Natal. A palavra, que do latim nativitas (nascimento) é a festa na qual, os cristãos celebram o nascimento Jesus Cristo, o Filho de Deus, conforme os relatos dos Evangelhos. Porém, atualmente, o fato é pouco lembrado pela sociedade.
A celebração de Natal não é mais o que foi durante séculos. A data que sugere momentos de confraternização entre pessoas e famílias, trazendo alegria e esperança com o nascimento daquele que veio salvar a humanidade dos seus pecados, porém, atualmente, o consumismo exacerbado tem, por muitas vezes, se sobressaído pelo próprio nascimento de Jesus.
Os números confirmam. De acordo com pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2025, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), as vendas no período natalino devem movimentar R$ 84,9 bilhões, com 124,3 milhões de pessoas indo às compras.
Por outro lado, não se observa o mesmo movimento de pessoas indo às igrejas, nem montando presépios, em memória ao nascimento de Jesus. Até nas decorações das Prefeituras do ABC o protagonista é um urso gigante, ou uma árvore de Natal. Em poucas decorações o presépio se fez presente. Felizmente, a decoração do Paço de São Bernardo conta um presépio bem grande e disposto em área central.
Neste período é preciso que as pequenas luzinhas douradas envolvendo as árvores das calçadas, as decorações natalinas da cidade penduradas nos postes, os piscas-piscas coloridos, as árvores de Natal nas portas dos prédios, das lojas, dos shoppings e os imensos Papais Noéis colocados nas fachadas das casas não sejam meros aparatos decorativos.
As luzes do Natal não servem apenas para iluminar ou decorar ambientes. O Natal é uma trégua para a reflexão. É tempo da busca da paz interior, da harmonia, entendimento, confraternização, reconciliação e de todos os preceitos oriundos do Cristianismo.
É o dia de aniversário de Jesus Cristo, que criou uma religião, ou filosofia de vida, denominada de Cristianismo. O dia 25 de dezembro é consagrado à lembrança de que Jesus Cristo viveu entre nós. Sofreu e morreu na cruz, deixando um legado de princípios éticos e morais que, se fossem seguidos à risca, tornariam a vida mais feliz.
O Natal, por esse motivo, é dedicado à reflexão, à análise de nosso comportamento, de nossa vida e das coisas que passam à nossa volta. O dia de Natal deve ser marcado pela prática do bem e pela oração. Não é apenas uma questão religiosa, mas um período importante para meditar, refletir, analisar à luz dos ensinamentos deixados por Jesus Cristo. Se todos fizessem isso, pelo menos uma vez por ano, o mundo seria um lugar bem melhor para se viver.
O presépio representa, visualmente, o nascimento de Jesus Cristo e, ainda que não seja Católico, como um presépio e os ensinamentos daquele que veio salvar o mundo podem ofender alguém? Para respeitar outras culturas não é necessário silenciar a fé e as tradições cristãs, como a montagem do presépio em ambientes públicos ou nas escolas.
O presépio, que representa uma família em fuga e o nascimento de uma criança em condições humildes, é um símbolo de valores universais como o respeito, à sacralidade da vida e a solidariedade, que deveriam ser compreendidos por todos, independentemente da religião.
O Natal sempre vai ser muito mais do que apenas troca de presentes e comida. Portanto, que possamos celebrar o nascimento de Jesus, que é sinônimo de celebrar o amor, a esperança e a vida. Neste Natal, que a misericórdia, a compaixão de Jesus, ilumine as trevas e as sombras, para que possamos seguir nossos passos no caminho da paz. Feliz Natal a todos!

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