O varejo no Estado de São Paulo terminou o primeiro semestre com faturamento 37% superior à média para o período. O montante é o melhor resultado para o primeiro semestre desde 2008. De acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no acumulado do ano, de janeiro a junho, as vendas apontaram crescimento de 11,3%, o que representa R$ 54,7 bilhões a mais do que o registrado em 2021. Na avaliação da entidade, o nível de confiança dos consumidores aumentou – condição essencial para a população ir às compras, impulsionado pela melhora no nível de emprego, queda da inflação, aumento da oferta de crédito e arrefecimento da pandemia. Segundo levantamento da FecomercioSP, com exceção das concessionárias de veículos e das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, todas as atividades analisadas demonstraram recordes históricos nas vendas acumuladas.
No mês de junho, as lojas de vestuário, tecidos e calçados foram o grande destaque, com crescimento de 18,4%. Em seguida, setores de farmácias e perfumarias (14,9%); lojas de autopeças e acessórios (14,2%); outras atividades (12,7%); supermercados (7,2%); concessionárias de veículos (3,4%); lojas de materiais de construção (1,9%); lojas de móveis e decoração (0,7%); e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (0,1%).
Em relação às vendas reais, junho apontou um crescimento de 8,5%, em comparação ao mesmo período do ano passado. É o maior resultado do varejo paulista para o mês, desde 2008. O faturamento real atingiu R$ 93,3 bilhões (R$ 7,3 bilhões acima do apurado em junho de 2021). A entidade avalia que o nível de consumo atual e a recuperação do setor de serviços devem promover uma injeção considerável de recursos na economia paulista e o ritmo de expansão do setor deve se manter ao longo do segundo semestre.
Mesmo com fatores imprevisíveis, como os políticos e sociais, turbulências inesperadas na economia e do alto nível de endividamento das famílias, a entidade estima que o varejo deva crescer cerca de 7% este ano, o que tornaria 2022 um dos mais favoráveis para o comércio paulista.