Os prédios onde ficavam a Fiação e Tecelagem Lydia, de propriedade das Indústrias Matarazzo, foram inaugurados em 1946. Por 35 anos permaneceram entre a Rua Jurubatuba e a Via Anchieta. A maior parte de empregados era formada por mulheres.
A entrada era em frente à Rua Padre Lustosa e seguia por uma alameda, no meio de uma plantação de eucaliptos, até chegar à Rua Braga, 274, onde estava a entrada principal da indústria. No início deu emprego para cerca de 500 trabalhadores e depois de 1970, só para 350.
Era tão importante que, em 1958, foi visitada pelo Xá da Pérsia. Ao lado esquerdo, na Rua Jurubatuba, existiam cerca de doze sobrados, que abrigavam algumas famílias de seus empregados. Havia uma Cooperativa, vendendo centenas de produtos fabricados pelas Indústrias Matarazzo. De 1981 a 1993, o espaço foi ocupado pela Fábrica Mariangela de Embalagens Especiais e Papelão.
Depois, a fábrica deixou de ser usada e ficou abandonada até 2007 quando foi vendida. No final de 2008 foi demolida dando lugar ao Condomínio Residencial Ânima, com 10 arranha-céus. Só restaram 3 pequenos imóveis da Fiação Lydia, um deles com o logo IRFM – Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.
Depois de muitos anos trabalhando como na Rádio Independência de São Bernardo, consegui emprego justamente no escritório da Fiação Lydia, onde permaneci por dois anos e meio e meu chefe era o Sr. Molino.
O ex-prefeito de SBC, Dr. José Fornari, era o médico dos funcionários. O Sr. Laerte Pinotti, filho do prefeito Aldino Pinotti, foi meu colega no escritório. Minha mulher Ana também trabalhou nesta tecelagem. No início de 1964, saí da empresa para retornar à função de locutor: fui trabalhar na Rádio Excelsior, em São Paulo.
Tércio A. Nelli – integrante da Ame (Associação dos Amigos da Memória de São Bernardo)
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