Ava Gardner foi o grande amor de Frank Sinatra. Mulher de personalidade e rara beleza; olhos verdes, lábios de Boticelli e corpo escultural. Frank a conheceu em Palm Spring-Califórnia em 1946. Ela estava acompanhando o milionário Howard Hughes quando Frank a tirou para dançar. A esta altura o casamento com Nancy não ia bem. Frank passava pouco tempo em casa, sempre ocupado com compromissos de filmagem, programas de rádio, gravações e apresentações em shows. Após separações e tentativas de reconciliação, deixou definitivamente o lar em dezembro de 1949. O divórcio só se concretizou em outubro de 1951.
No dia 7 de novembro, Ava e Frank, que já viviam juntos há algum tempo, casaram-se em Philadelphia-Pennsylvania. A lua-de-mel, passaram em Miami-Florida. Um relacionamento passional, repleto de cenas públicas de ciúmes e brigas homéricas. Ava, após dois casamentos fracassados com o astro de Hollywood Mickey Rooney (1942-1943)e com Artie Shaw, famoso bandleader(1945-1946) era uma estrela em ascensão contratada pela Metro-Goldwyn-Mayer por dez anos.
Já Frank, estava atravessando a pior fase de sua vida. No final dos anos 1940 e início dos 50, passava sérias dificuldades para renovar contrato discográfico com a Columbia Records. Os filmes mais recentes não tinham qualidade artística e fracassaram como bilheteria. Programas de rádio, outrora de grande audiência, foram suspensos, culminando com a dispensa dos estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer, que o mantinha sob contrato.
De temperamento explosivo, as brigas se tornaram cada vez mais frequentes, municiando a imprensa sensacionalista. Com a carreira em alta, Ava foi filmar “As Neves Do Kilimanjaro” com locações na África. Em seguida, estrelou “Mogambo” de grande sucesso. Frank tentou manter a união, porém o relacionamento chegou a um grau de desgaste que, onze meses após, houve a inevitável separação.
Quebrado economicamente, Frank tentaria a última cartada em meados de 1952; ser incluído no elenco do filme “A Um Passo Da Eternidade”, protagonizando o papel do soldado Ângelo Mággio. A duras penas, conseguiu o lugar e, dizem, com a ajuda da então esposa intercedendo a seu favor, ao fazer um apelo á esposa do dono dos estúdios da Columbia Pictures, Harry Cohn.
Novamente solteiro em 1953 e, já passada a tormenta, a carreira começou a entrar nos trilhos. Foi um ano bom para ele. O excepcional desempenho no filme, deu-lhe o “Oscar” da Academia de Hollywood, de melhor ator coadjuvante. Na sequência, iniciou auspiciosa fase discográfica na Capitol Records. Convites para novos filmes chagavam sem parar. Enfim, a estrela dos “velhos olhos azuis” começou a brilhar novamente.
Depois do “affair” Ava Gardner(a homologação do divórcio se efetivou em 1957), Frank iria se casar pela terceira vez somente em 1966. Até lá, conquistaria as mais belas mulheres disponíveis à sua volta. Julie Prowse, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, Kim Novak, Gloria Vanderbilt, Marlene Dietrich, Angie Dickinson e muitas outras. Agora, um importante detalhe: todas elas após os relacionamentos continuaram suas amigas e o adoravam.
Com as seguidas conquistas, dava a impressão a todos, que tentava provar, que a única a não querê-lo era Ava. Após o declínio da carreira cinematográfica, Ava Gardner, alcoólatra, reclusa e vivendo muitos anos na Europa, faleceu no dia 25 de janeiro de 1990, aos 68 anos em Londres na Inglaterra. É sabido, que Frank a sustentou até o fim da vida. Tomando-se como exemplo a bela canção composta por Cole Porter, “I´ve Got You Under My Skim” (Eu a tenho debaixo de minha pele) tema obrigatório em seus shows, ele sempre a teve debaixo de sua pele e jamais deixou de amá-la.
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