Empresários franceses e brasileiros se reuniram, na terça (24), em São Paulo, no hotel Grand Hyatt, para participar de almoço convival com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles. “Estamos vivendo um momento importante de recuperação da confiança e de implementação de reformas efetivas para o desenvolvimento”, afirmou Octavio de Barro, vice-presidente da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP).
De acordo com o ministro Meirelles, o Brasil está voltando ao normal com políticas econômica e monetária críveis. “O índice de situação financeira, que leva em conta o mercado cambial, o risco e a taxa de juros é um sinalizador das condições financeiras do Brasil do ponto de vista de curto prazo”, explicou. “Esse indicador mostra que estamos vivendo um momento de retorno à normalidade”, disse Meirelles.
O ministro da Fazenda também destacou a importância das reformas para o desenvolvimento do País. Segundo ele, a votação da reforma da Previdência ficará para a segunda quinzena de novembro. “É difícil, mas temos de fazer, pois o Brasil quando comparado, por exemplo, com o Japão, tem uma população mais jovem e um gasto como percentual do PIB superior”, ressaltou Meirelles. Sobre a reforma trabalhista, ele destacou a velocidade de aprovação das novas regras. Já sobre a reforma tributária, o ministro disse que vai demorar um pouco mais, pois envolve diferentes agentes e setores.
O ministro também destacou que o Refis, programa que permite a pessoas e empresas a renegociação das dívidas tributárias com a União, será sancionado ainda nesta semana. “Estamos encaminhando para o presidente as recomendações da Fazenda de possíveis vetos e felizmente ele deve estar tomando uma decisão esta semana”, enfatizou Meirelles.
“O Brasil já saiu da pior recessão da sua história e o tamanho do Estado está diminuindo”, disse. “As reformas microeconômicas vão criar um ambiente favorável aos negócios e as reformas estruturais vão melhorar a produtividade”, exemplificou. “Como resultado, esperamos um período de recuperação com taxas médias de crescimento elevadas”, concluiu Meirelles.