Política

No ABC, Márcio França recebe apoio de lideranças

O novo governador de São Paulo, Márcio França (PSB), recebeu na noite de quarta (29), o apoio das principais lideranças dos caminhoneiro do estado. O encontro ocorreu em São Caetano, na sede da Cooperativa de Carga do Viário ABC. O candidato foi convidado por ter sido um dos principais articuladores do processo de resolução da greve que parou o país por 11 dias, entre 21 e 31 de maio deste ano.  “Foi uma paralisação nacional, o Brasil inteiro foi afetado e quem se lembra daquele período sabe que esse fato foi importante na minha carreira política. A solução do caso começou a ser construída aqui”, disse França.

A greve dos caminhoneiros bloqueou as principais estradas brasileiras e impediu a circulação até de itens essenciais à população, como alimentos, gás de cozinha e combustíveis. Serviços básicos, como transportes públicos, foram prejudicados. A principal reivindicação da categoria era a redução do preço do diesel, que foi atendida pelo governo federal após uma longa negociação.

Para o candidato, o episódio evidenciou a importância da “vocação política” para um administrador. “Nessas horas você percebe quem está preparado para poder liderar, quem está mais preparado. É preciso ter coragem de enfrentar os problemas na hora que eles surgem. Se você não tem esse perfil, foge da responsabilidade”, analisou o governador. Segundo ele, a greve só demorou porque “as pessoas de Brasília têm uma outra visão do Brasil” e não perceberam as reais aspirações dos caminhoneiros. “Muitos políticos queriam acabar com a greve, mas ficaram com medo de se meter e dar uma confusão ainda maior.”

França aproveitou o evento ainda para reforçar seu compromisso com os jovens. Para ele, boa parte dos problemas sociais (emprego, violência, educação) pode ser minimizada com o investimento em garotos e garotas em situação de vulnerabilidade. “A maior fonte de geração de oportunidades é o Alistamento Civil, que permite que a gente dê o primeiro emprego para jovens de 16,17, 18 anos. Nós podemos chegar a 150, 200 mil rapazes trabalhando, fazendo cursos técnicos e com a certeza de que eles terão vaga na faculdade no futuro.”