As eleições municipais do ABC foram definidas em quatro municípios e, nos outros três, a disputa só se encerrará no segundo turno, que vai acontecer, no domingo (27) de outubro.
Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra já definiram os prefeitos para os próximos quatro anos. Em Santo André, o prefeito Paulo Serra (PSDB) elegeu seu sucessor, Gilvan (PSDB), com 221.410 votos (60,98%) com uma diferença de mais de 160 mil votos da segunda colocada, Bete Siraque (PT), que obteve 57.665 votos (15,88%).
Em São Caetano, o prefeito José Auricchio Júnior (PSD), no quarto mandato, elegeu seu sucessor, Tite Campanella (PL), 60.858 votos (59,61%), com uma diferença de mais de 32 mil votos do segundo colocado, Fabio Palacio (Pode), com 28.330 votos (27,75%).
Tanto em Santo André, quanto em São Caetano, ficou evidente que a alta aprovação dos governos Serra e Auricchio tiveram peso na eleição dos sucessores, somado ao fator dos adversários não terem conseguido deslanchar durante as campanhas e o fato dos candidatos Gilvan e Tite terem tido atuações anteriores no Executivo. Gilvan, como secretário de diversas pastas, e Tite como prefeito interino em 2021.
Em Ribeirão Pires, na campanha mais agressiva da história da cidade, o atual prefeito Guto Volpi (PL) foi reeleito, com 28.909 votos (46,72%), mas com uma diferença de 1.745 votos do segundo colocado, o candidato Gabriel Roncon (PP), que obteve 27.164 votos (43,90%).
Já em São Bernardo, Diadema e Mauá, os eleitores irão definir os próximos prefeitos no segundo turno. Diadema e Mauá, os atuais prefeitos, respectivamente, José de Filippi Júnior (PT) e Marcelo Oliveira (PT), não conseguiram se reeleger no primeiro turno.
Marcelo obteve 93.374 votos (45,13%), uma diferença de 19,8 mil votos do segundo colocado, Átila (União), que registrou 73.558 votos válidos (35,56%). Já Filippi, registrou 100.983 votos (45,09%) votos válidos e acabou em segundo lugar, com uma diferença de 5,1 mil votos em relação à Taka Yamauchi (MDB), que fez 106.141 votos válidos (47,39%).
Tanto em Mauá, quanto em Diadema, a máquina pública não se mostrou suficiente para reeleger os prefeitos e o apoio dos ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi relevante, mas não contribuiu para as definições no primeiro turno. Além disso, faltou a presença do presidente Lula nas campanhas do primeiro turno, o que poderia ter gerado a arrancada final de votos para Marcelo e Filippi.
Já em São Bernardo, o prefeito Orlando Morando (PSDB) não obteve êxito na eleição de sua sucessora, a candidata Flávia Morando (União), que ficou em quarto lugar, com 84.420 votos (21,34%) dos votos válidos. Marcelo Lima (Pode), que obteve 119.593 votos (28,64%) dos votos válidos e Alex Manente (Cidadania), com 110.791 votos válidos (26,53%), disputarão o comando da Prefeitura neste segundo turno.
Neste caso, na eleição mais acirrada da história da cidade, nem mesmo o empurrão da máquina pública e os altos índices de aprovação do governo Morando foram suficientes para levar a candidata da sucessão para o segundo turno.
O primeiro turno no ABC também não contou coma presença do presidente Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que encabeçam a polarização nacional no País, e nem do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que havia anunciado na pré-campanha que não entraria na disputa, em cidades onde os cenários apontavam “bola dividida”.
Para o segundo turno, ainda não há confirmações da presença, por parte deles próprios, mas sem dúvida, não se pode negar o impacto nos votos que Lula, Bolsonaro e Tarcísio poderiam gerar na votação dos postulantes a prefeito no ABC.
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