O governador João Doria apresentou, na quarta (27), o ‘Plano São Paulo’ para retomada consciente de algumas atividades econômicas do Estado. “Estamos anunciando a retomada consciente, a partir de segunda (1) de junho. Serão 15 dias de quarentena com a retomada de algumas atividades. Optamos, desde o início da pandemia, por pautar todas as nossas ações fundamentadas na saúde e na ciência”, garantiu o governador.
Doria revelou que a quarentena em São Paulo, implantada no dia 24 de março, surtiu efeito. “Com o feriado prolongado de seis dias, no Estado, mais de 880 mil pessoas ficaram em casa, o que representou aumento de 2% no índice de isolamento social. “A quarentena já salvou 65 mil vidas, são dados da ciência. Construímos sete hospitais de campanha, aumentamos em 60% o número de leitos, recebemos 600 respiradores do Ministério da Saúde e receberemos outros 2.800 até 15 de junho e já salvamos 17 mil pessoas salvas”, enfatizou.
Com o ‘Plano São Paulo’, o Estado será dividido em 17 regiões. Cada região poderá regredir ou avançar nas 5 fases de reabertura previstas, conforme dados da capacidade do sistema hospitalar (leitos de internação e UTIs) e a evolução da pandemia (número de casos, internações e óbitos). “Há cada 7 dias haverá uma reclassificação e há cada 15 dias cada região poderá se mover para fase mais flexível ou regredir, de acordo com os indicadores”, explicou Ana Abrão.
O plano foi elaborado por especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado e do Comitê Econômico Extraordinário. Os eixos principais das cinco fases de reabertura também foram discutidos com prefeitos e representantes de diversas associações comerciais e empresariais.“Com união e trabalho coletivo temos salvado vidas. Fizemos medidas certas na hora certa. Nosso compromisso é com a vida. Respeitamos a vida de mais de 46 milhões de brasileiros. Com cuidados e bom planejamento, vamos dar um passo a diante”, garantiu Doria.
O governador revelou que haverá monitoramento dia a dia a respeito destas novas medidas. “Se não tivermos respeito e tivermos que dar um passo trás, daremos. Não temos compromisso com o erro, mas com a vida. A nova fase não é relaxamento. A retomada consciente só é possível com a redução do número de casos consistentes, distanciamento social e uso obrigatório de máscaras”, revelou.
O Estado autorizou prefeitos de cidades a conduzir e fiscalizar a flexibilização de setores segundo as características dos cenários locais. Os pré-requisitos para a retomada são adesão aos protocolos estaduais de testagem e apresentação de fundamentação científica para liberação das atividades autorizadas no plano.
As cinco fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O objetivo da classificação é assegurar atendimento de saúde à população e garantir que a disseminação do coronavírus em níveis seguros para modular as ações de isolamento.
Isolamento- De acordo com Dimas Covas, que coordena o Centro de Contingência do coronavírus e dirige o Instituto Butantan, a população ainda precisa encarar o isolamento como meta para permitir que os serviços de saúde continuem com capacidade para atender os pacientes com Covid-19 em enfermarias e UTIs.”Sem medidas de isolamento, chegaríamos a algo em torno de 1 milhão de casos no Estado. Estamos com 84 mil neste momento. Isto mostra quão efetivas foram as medidas de isolamento”.
Com exceção da capital, todos os municípios da Grande São Paulo e também da Baixada Santista e de Registro permanecem na fase vermelha e não terão nenhum tipo de mudança na quarentena em vigor.
Confira (acima) as etapas para a reabertura do ‘Plano São Paulo’