A saída do vice-presidente Michel Temer, dentro de seu estilo, cauteloso e elegante, da coordenação política não é uma boa notícia para a presidente Dilma, segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, da Folha de São Paulo, edição de terça (25). Segundo ele, “a decisão do vice agrava o isolamento da presidente e fortalece os setores do PMDB que pregam o rompimento com o Planalto”. Por outro lado, o PMDB tem o controle de sete ministérios. A versão divulgada para consumo externo é, na prática, a saída encontrada pelo governo para esconder a crise no relacionamento com o PMDB, que é presidido por Temer.
Cortar ministros
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) fez o comentário seguinte sobre a redução de 10 ministérios pela presidente Dilma: “o anúncio serviu apenas para criar um fato político a fim de tentar sobrepor as notícias ruins da área econômica. Foi um anúncio atrabalhoado, porque não tinha uma decisão tomada. Queriam criar um fato político”.
Liberou geral
Mesmo com o cofre em dificuldades financeiras, a presidente vai liberar R$ 500 milhões em emendas parlamentares para evitar ameaças de novas rebeliões no Congresso Nacional. Quer dizer, a verba é para deputados federais e senadores. Por causa das dificuldades econômicas, o Planalto estava represando esses pagamentos, que provou grande desconforto entre os parlamentares. Agora, o planalto liberou geral.
ABC prejudicado
Cerca de 32 projetos de Parcerias Público Privadas (PPPs) em infraestrutura foram descartados pelo governo Geraldo Alckmin. Um deles atinge o ABC, Expresso ABC, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que tinha uma linha de trem com 25,2 quilômetros que iria ligar a Estação da Luz, no centro, à cidade de Mauá, no ABC. A desistência da PPP afeta uma promessa feita pelo governador Alckmin em 2006, no seu terceiro mandato. O Expresso ABC, Expresso Bandeirantes e Expresso Jundiaí foram arquivados por concorrer com a proposta de Trens Intercidades, que foi aprovada e terá estudos aprofundados.
Apoio
Na sexta (28), no Paço de Santo André, petistas, sindicatos e outros aliados participaram de um movimento de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). Os organizadores estavam na expectativa do comparecimento de mais de cinco mil pessoas que vão se manifestar contra o impeachment da presidente. Os participantes também vão se manifestar sobre o apoio ao prefeito Carlos Grana, convidado especial do evento, que vai disputar a reeleição à Prefeitura de Santo André, na eleição de outubro do próximo ano. Sobre sua participação, Grana, para a mídia local, disse que “a cidade tem suas opiniões e não apenas uma, por isso confirmei a participação”.
Na luta
O ex-secretário de Obras de Santo André, Paulinho Serra, já está atuando como candidato a prefeito, pois está sempre prestigiando os eventos. Na segunda (24), marcou presença no aniversário do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que reuniu mais de 2 mil pessoas, num restaurante da rota do franco com polenta.
Jantar
O prefeito Luiz Marinho (PT) ofereceu um jantar aos vereadores e deputados, na noite de segunda (24), para conseguir a adesão desses políticos à campanha eleitoral de seu candidato na eleição de outubro de 2016. O ex-presidente Lula da Silva também marcou presença ao evento. A curiosidade foi a presença de dois candidatos a prefeito, secretário Tarcisio Secoli e o deputado Luiz Fernando Teixeira. O prefeito Marinho pretende lançar Tarcisio como seu candidato à sucessão e Luiz Fernando, com apoio de legendas aliadas, luta para ser escolhido. Ao que tudo indica, Lula deverá decidir quem será o
candidato.
Aniversário
O deputado Orlando Morando (PSDB), na segunda (24), à noite, festejou seu aniversário em restaurante da rota do frango com polenta em São Bernardo. Mais de 2 mil amigos foram prestigiar a festa do deputado. Entre eles: José Serra e Aloysio Nunes, senadores; Edson Aparecido, secretário da Casa Civil, Pedro Tobias, deputado, e Paulinho Serra, ex-secretário de Santo André. Morando, por sua vez, ao agradecer o público presente disse que “Alckmin estará presente no meu palanque”.
Rejeitada
A Câmara de São Caetano, em sessão realizada na terça (25), rejeitou as contas do ex-prefeito José Auricchio, referentes ao exercício de 2012. Dez vereadores votaram pela reeleição e oito a favor do ex-prefeito. O curioso é que a comissão interna da Câmara, ao analisar semanas atrás, havia aprovado as contas. O advogado de defesa de Auricchio, Igor Tamasauskas, sobre o assunto, disse que “vai recorrer judicialmente, pois não temos ciência da decisão da Câmara, mas vamos, com certeza, recorrer”. Um clima de tensão durou durante toda a sessão. Mais de 100 pessoas, que não conseguiram entrar, do lado de fora em voz alta.
Mudança
Na atual administração de São Caetano, mais uma mudança no secretariado. Bonome, todo-poderoso, pois além de ser o secretário de governo do prefeito Pinheiro, também vai assumir por 30 dias a secretaria de Serviços Urbanos, já que o atual titular vai gozar 30 dias de férias. Como se sabe, o Todo-poderoso na ex-administração da prefeitura de Santo André, no governo de Aidan Ravin, Bonome ocupou ao mesmo tempo três ou quatro secretarias.