Ao todo, 21 instituições do setor privado foram indicadas para compor o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), de acordo com publicação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no Diário Oficial da União, de segunda (19).
O Conselho tem como objetivo desenvolver a nova política industrial no terceiro mandato do presidente Lula, seguindo as “missões”, um conjunto de sete macro desa-fios, entre eles: expandir a infraestrutura de transporte, de energia e de telecomunicações; consolidar e expandir a produção nacional de biocombustíveis; garantir eficiência na produção e promover a sustentabilidade ambiental nas cadeias de fornecimento do Minha Casa Minha Vida e em obras do Novo Plano de Investimentos (NPI); aumentar a produtividade da indústria brasileira por meio da incorporação de tecnologias digitais e ampliar e fortalecer a produção nacional dos bioinsumos.
De acordo com a publicação, das 21 instituições do setor privado, 16 são entidades industriais, entre elas a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), três centrais sindicais (CUT, União Geral dos Trabalhadores e Força Sindical) e além da Embraere do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Segundo o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, o atual governo reconhece a importância da indústria como um dos pontos-chave para o desenvolvimento e crescimento social e econômico do país.
“A notícia vem coroar a ideia do quanto é essencial a participação de todos os atores envolvidos neste processo. Nós, como indústria, temos todas as condições de contribuir com dados técnicos para as melhores tomadas de decisão. O setor químico, em especial, está pronto para responder aos desafios no Brasil com projetos, capacidade técnica e disposição para investir”, afirma Cordeiro.
Comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o Ministério deve lançar ainda este ano o plano chamado “neoindustrialização”, com iniciativas para estimular a indústria. O modelo do CNDI é diferente do que vigorou até 2016, no governo Dilma Rousseff. Na época, havia escolha específica de empresários.
Desta vez, o Ministério escolheu setores. Além das instituições indicadas, 16 representantes do setor produtivo deverão integrar o conselho na categoria ‘Convidados’, como os dirigentes da Fiesp, Petrobras, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sindipeças e Gerdau.
Frente Parlamentar – O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), lança, na próxima segunda (26), na Alesp, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química, com apoio do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ). Entre os objetivos da Frente, estão aprimorar a legislação esta-dual, de modo a fomentar a competitividade da cadeia produtiva da indústria química e apoiar a integração e a articulação entre os entes federativos em defesa da cadeia produtiva do setor químico.