O ministro relator da Lava Jato no Supremo, Luiz Edson Fachin, tentou reverter as quatro derrotas na Segunda Turma, da Operação Lava-Jato. Fachin votou pela manutenção das prisões de João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do Partido Progressista, e do pecuarista José Carlos Bumlai, réus na Lava Jato. Perdeu nos dois casos.
Na terça (2), Fachin leu trechos da sentença do juiz Sérgio Moro, afirmando que a prisão de José Dirceu interrompe um estilo de vida criminoso. Fachin defendeu que não há “constrangimento ilegal” em manter Dirceu na cadeia.
Já o ministro Dias Toffoli discordou. Segundo ele, podem ser tomadas outras medidas cautelares como a tornozeleira eletrônica. O ministro Ricardo Lewandowski também votou pela soltura de José Dirceu .
Celso de Mello votou para que Dirceu continue preso e empatou o placar.“Não fosse a ação rigorosa mas necessária do Poder Judiciário é provável que a corrupção e lavagem de dinheiro estivessem perdurando até o presente momento. O fato é que quer sejam os crimes violentos ou não ou crimes com graves danos ao erário, a prisão cautelar justifica-se para interrompê-los e, o que é mais importante, para proteger a sociedade e outros indivíduos de sua reiteração”.
O ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do Supremo, foi o responsável pelo voto de minerva que devolveu a liberdade a José Dirceu enquanto ele aguarda o julgamento em segunda instância.
Agora cabe ao juiz Sérgio Moro definir as regras que José Dirceu terá que respeitar assim que sair da cadeia.