Política

Sto.André incentiva reciclagem de lixo, para aumentar vida útil do Aterro

O Semasa, junto a Prefeitura de Santo André, lançou, na segunda (19), campanha para estimular a população a realizar a coleta seletiva do lixo e assim, incentivar a reciclagem, e diminuir o gasto com o lixo, que já chega a R$ 70 milhões por ano.

Em 2017, foram geradas 332 mil toneladas de lixo pela população. Atualmente, Santo André reaproveita 30,4% de todo o resíduo coletado na cidade, enquanto que em 2016, esse índice era de 12%.

Cada um dos 715 mil habitantes de Santo André gera 0,89 kg de lixo por dia. Na coleta porta a porta 91,5% do lixo é seco, enquanto que 8,5% é orgânico (alimentos e sanitários). O grande problema é a baixa participação dos moradores na coleta seletiva; a população descarta mais de 105 mil toneladas de recicláveis no lixo comum. Segundo o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa, José Elídio Rosa Moreira, a mistura de úmidos junto aos secos causa contaminação nos materiais e inviabiliza o reaproveitamento pelas cooperativas. E, a coleta de úmidos, quase metade dos resíduos são passíveis de reaproveitamento, mas acabam sendo aterrados sem necessidade”, revela.

Mais de 48% dos materiais lançados junto com o lixo comum pelos moradores ainda são recicláveis. São 105.400 toneladas de plásticos, vidros, papelão, papel, entre outros, que são aterradas, sem necessidade, comprometendo a vida útil do Aterro Sanitário da cidade, que, até agora, só tem mais dois anos de vida útil.  

Para conscientizar a população da importância da reciclagem, o Semasa está lançando uma campanha de incentivo à coleta seletiva. “Nossa ideia é fazer a campanha para que a população nos ajude a aumentar esse índice de reciclagem. Praticamente metade do lixo úmido tem reciclável. E isso tem um aspecto fundamental de melhoria da cidadania, da consciência ambiental, do tempo de vida do nosso aterro, além da questão econômica”, afirmou o prefeito. Além da campanha, mais seis estações de coleta serão inauguradas até 2020.

Das 864,4 toneladas de resíduos secos que chegaram às duas cooperativas de reciclagem que atuam em Santo André, 52% foram reaproveitadas e vendidas, gerando renda aos trabalhadores.

ATERRO SANITÁRIO- O Aterro de Santo André só terá vida útil por mais dois anos, com a recente ampliação de 14mil m². Para tentar reverter esta situação, o Semasa está elaborando projeto para Cetesb de ampliação da área, em mais 35 mil m², o que aumentaria a vida útil para mais seis anos, totalizando oito anos. “Uma área de ampliação seria próxima a cooperativa e outras duas, próximas ao Núcleo Espiríto Santo. Iremos protocolar o projeto até o final deste mês, para após possível aprovação, iniciarmos as obras no começo de 2019”, garantiu Elídio.