Na contramão de outras Câmaras Municipais que aprovam grande número de projetos de lei e até de um jornal do Grande ABC que já chegou a avaliar o desempenho de vereadores pela quantidade de projeto propostos e sancionados, o vereador líder de governo da Câmara de São Caetano, Tite Campanella, defende a higienização do acervo de projetos de lei do município.
“Temos em São Caetano 16 mil projetos de lei. É um número muito grande. Precisamos avaliar e desintoxicar a Câmara. Existem projetos de leis muito antigos, alguns deles de 1957 ou antes, que recebem adaptações, mas, que ainda lotam e geram gastos ao poder público”, revela.
Filho do saudoso ex-prefeito Anacleto Campanella, vereador de 2001 a 2004 e secretário de Planejamento e Governo de 2009 a 2012, no mandato anterior do prefeito José Auricchio Júnior, Tite demonstra tranquilidade e assertividade ao conduzir a bancada governista com 15 vereadores, de um total de 19 na Câmara. “Nosso trabalho é pautado na interlocução. Com maturidade, conduzimos as ações de governo, sem estrelismo”, enfatiza.
Entre alguns projetos do vereador está o que propõe a franquia de 1 hora gratuita para membros da Terceira Idade nas vagas do rotativo de São Caetano. “Devido a grande demanda por vagas especiais destinadas aos idosos e cadeirantes, muitos não encontram disponibilidade para estacionarem seus veículos”, afirma. Além disso, o vereador também luta para uma melhor distribuição de vagas nos três hospitais estaduais que atendem o ABC (Mario Covas, Serraria e Heliópolis), por meio da Central de Regulação de Vagas do Estado (Cross).
Questionado sobre como tem se preparado para enfrentar as eleições do próximo ano, Tite demonstrou tranquilidade. “Apesar da situação confortável, pois o governo Auricchio tem investido no atendimento público humanizado e nos serviços sociais, com destaque para Saúde, Educação e Segurança, toda eleição é uma caixa preta”, conta.
Tite ainda relembrou as adversidades com a oposição. “Em 2016, pegamos uma situação bastante desconfortável, havia um retrocesso no governo. A oposição não conseguiu aprender com a população, sobre o que ela queria e quais eram as suas prioridades, o que culminou numa insatisfação com o governo e no aumento da dívida municipal”, afirma.
Para 2020, Tite afirma que ainda está cedo para desenhar o cenário político, mas, menciona Fabio Palacio e Paulo Pinheiro como potenciais candidatos adversários a Auricchio, porém, não avalia como provável uma possível união entre os dois na disputa contra o atual prefeito. “Palacio e Pinheiro possuem projetos antagônicos, acho difícil se unirem contra o Auricchio”, diz.