Cerca de 72,7% da população brasi-leira vive em domicílios próprios, mas o número de pessoas pagando aluguel aumentou de 12,3% para 20,9%, de acor-do com o levantamento Características dos Domicílios, do Censo 2022, divulgado, na quinta (12).
Os dados apontam que houve queda no número de pessoas que vivem em domicílios próprios, que incluem os imóveis comprados, quitados em financiamento, herdados ou doados, posto que em 2000, a porcentagem era de 76,8% e, agora, é de 72,7%.
Em relação ao número de pessoas que vivem em imóveis alugados, cujo número vinha caindo nas décadas de 1980 e 2000, o movimento foi inverso, ou seja, de aumento, de 12,3%, em 2000, para 20,9%.
Os pesquisadores do IBGE não soube-ram explicar os motivos por trás deste cenário. Porém, o aumento do número de pessoas vivendo de aluguel não é necessariamente um indicador de vulnerabilidade social, posto que a participação das cidades que apresentam os maiores percentuais de imóveis alugados estão municípios nos estados mais ricos do país, tais como São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal.
Balneário Camboriú (SC), dentre os municípios com mais de cem mil habitantes, é a cidade que possui o maior número de imóveis alugados, 45,2%.
Moradias predominantes
Os novos dados do Censo revelaram que 87% da população vive em domicílios com paredes externas de alvenaria com revestimento ou taipa com revestimento, na sequência, aparecem as casas de alvenaria sem revestimentos, com 7,6% e as residências elaboradas com materiais reaproveitados, com 4,1%.
A maioria dos brasileiros vive em casas, mas em apenas três municípios do País as casas não são o tipo de moradia predominante. Além de Balneário Camburiú (SC), figuram Santos com 63,45% de apartamentos e São Caetano, com 50,7%.
São Caetano também teve outro destaque. Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, registrou a maior proporção (97,6%) com residências que possuem máquina de lavar.
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