O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, na quarta (16), em entrevista exclusiva à Folha, revelou que, por sua decisão, solicitou a Procuradoria Geral do Município para ingressar na Justiça pedindo autorização para a Prefeitura fazer depósitos judiciais das contas mensais da ENEL.
A medida se fez necessária, segundo o prefeito, após o apagão gerado na Região Metropolitana de São Paulo, na sexta (11), devido a um temporal. Até quarta (16), ainda havia cerca de 250 mil imóveis sem energia.
“Pagamos por volta de R$ 4 milhões de energia elétrica para a Enel. Entramos com pedido cautelar para que este pagamento seja feito um depósito judicial até que a Enel apresente ao município um Plano Emergencial quando tivermos algum fenômeno meteorológicos”, explicou Morando.
A medida judicial cobra dados do plano operacional da concessionária, informações consideradas necessárias para subsidiar atuação conjunta no município para minimizar danos à população.
“Na prática queremos saber em quanto tempo eles vão estabelecer a energia, quantas equipes estarão disponíveis para a cidade, qual o plano para eles fazerem a deseletrificação das árvores que eles deveriam fazer e não fazem”, acrescenta o prefeito.
Na avaliação do prefeito, a Enel é uma empresa “irresponsável”, que comete um “verdadeiro crime” contra a população de São Paulo. “Estamos na eminência da decisão judicial sabendo se poderemos parar de pagar a conta e depositar judicialmente, porque entendo que se não for com medidas financeiras a ENEL vai continuar enganando os governantes, os prefeitos e a todos, que é o que ela tem feito, até agora”, disse.
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