A Unipar, no começo da década de 70, comemorava o início das operações comerciais no Polo Petroquímico do ABC. No mesmo período nascia André Mobile que, 22 anos depois, se tornaria o primeiro colaborador a contar a história de quatro gerações de uma família a atuar na companhia.
Apesar de não se sentir pressionado para seguir a mesma carreira, o destino do operador da sala de controle não poderia ser diferente, pois a Unipar, unidade chamada de Eletrocloro na época, era o tema central de todas as conversas em família e despertava curiosidade do menino que presenciava os bate-papos sobre a rotina de trabalho, as festas da empresa e via a gratidão pelas conquistas, frutos da dedicação de todos familiares que por ali passaram.
“Cresci ouvindo meu pai falar com orgulho sobre a empresa onde trabalharam meu bisavô, meu avô e meu pai, e, quando tive a oportunidade, fiz os cursos de técnico de eletrônica e de operador de processos químicos para fazer parte daquela história também”, conta Mobile que, após adquirir alguma experiência no mercado de trabalho, conseguiu realizar o sonho de trabalhar na fábrica de Santo André, a mesma onde seus parentes cresceram e de onde só saíram aposentados. “Sei que meu pai ficou muito feliz ao compartilhar tantos momentos comigo. Atuávamos na produção de PVC, ele na manutenção e eu na instrumentação”, relembra André.
Com o avanço da indústria e o crescimento dos mercados, histórias como esta parecem coisa do passado. Mas, na Unipar, a tradição continua viva e é comum encontrar relatos de colaboradores que dividiram a rotina no trabalho com familiares.
O coordenador de produção de PVC da planta de Santo André, Adilson Cucci, é outro exemplo. Seu pai, que entrou na companhia após ser destaque no campeonato de futebol, em 1964, nunca imaginou que o filho que nascia naquele mesmo ano seria seu colega de trabalho 15 anos depois. “Tenho muito orgulho do meu pai. Seu nome é muito respeitado entre os colegas e, todos os ensinamentos que ele me transmitiu, eu tento repassar de alguma forma para a minha equipe. Até hoje ele se emociona quando comenta que eu ainda estou aqui”, conta Cucci.
Esses colaboradores, cada um à sua maneira, recordam os momentos vividos com os pais durante os anos que atuaram juntos na companhia. Mas, sem perceber, todos têm um relato em comum: o orgulho pelo legado deixado pela família. Esse sentimento passa ao visualizarem as conquistas que são resultados do trabalho na companhia. Além disso, a satisfação é unânime ao dizerem que seus pais só deixaram a companhia aposentados e que são reconhecidos pelos colegas. O mesmo ocorre quando são questionados se teriam orgulho caso seus filhos e filhas desejassem atuar na mesma empresa, um sonoro “sim, sem dúvidas”.