07 May 2024

Dia do Ciclista: confira dicas para andar de bike nas grandes cidades

A bicicleta já faz parte do dia a dia das cidades e cada vez mais pessoas adotam a magrela para se locomover. Em 19 de agosto é comemorado o Dia do Ciclista e a Tembici, empresa responsável pelas famosas laranjinhas compartilhadas, patrocinadas pelo Itaú Unibanco, disponibiliza diversas dicas para uma pedalada ainda mais proveitosa. Confira alguns toques básicos, mas fundamentais que vão te incentivar a pedalar: 

Antes de sair

  • Confira as condições da bicicleta para garantir uma viagem sem surpresas;
  • Regule a altura do banco para pedalar com conforto (o ideal é na altura do quadril);
  • Planeje seu caminho. A Tembici tem parceria com o Google Maps e por lá, já é possível checar as estações e percursos.

Durante a pedalada

  • Pedale com as duas mãos e evite levar objetos pendurados no guidão;
  • Sinalize com os braços a mudança de direção;
  • Pressione sempre os dois freios juntos, isso evita derrapagens e perda de controle;
  • Mantenha distância segura da lateral dos veículos estacionados, os motoristas podem abrir as portas sem ver você;
  • Mantenha velocidade compatível com a via e com o trânsito local;
  • Não use celular e fones de ouvido. É lei e também é importante estar atento ao trânsito;
  • Quando não houver estrutura cicloviária, circule pela rua, e pedale no mesmo sentido dos outros veículos; Respeite o sinal vermelho e não pare sobre a faixa de pedestre. 
  • Na calçada, é necessário desmontar da bike.

Você sabia?

  • Hoje, São Paulo conta com cerca de 684 km de extensão de infraestrutura ciclável, maior malha cicloviária do país e o plano de metas entre este ano e 2024 é aumentar mais 300 km;
  • Bike é um meio de transporte ideal para a ida e volta do trabalho e que permite integrar com o transporte público. Os paulistanos contam com 2.600 bikes e aproximadamente 260 estações distribuídas pela cidade e 1 a cada 5 viagens do Bike Sampa, que funciona 24h, são originadas de integração de transportes públicos;
  • Somente na avenida Paulista ficam localizadas 12 estações, ou seja, cerca de 120 bicicletas disponíveis para os passeios aos domingos, quando o local fecha para automóveis;
  • O Parque Madureira, um dos mais queridos entre os cariocas, ganhou este ano um espaço que garante aos ciclistas mais segurança e facilidade na hora de pedalar. Outra área, no Parque Deodoro, também está em reta final de aprovação;
  • A capital carioca conta com mais de 500 bikes elétricas compartilhadas com preços a partir de R$3, que além de serem financeiramente econômicas, também poupam tempo e suor, ideais para percursos maiores;
  • Os usuários do Bike Rio podem destravar as bikes nas estações por meio do cartão Giro, do MetroRio, tendo o mesmo CPF vinculado;
  • As bikes compartilhadas do Bike Itaú podem ser destravadas por QR Code, permitindo que você não tenha contato direto com as docas, ou seja, além de prático ainda contribui com os cuidados pessoais exigidos na pandemia.

Higienização e cuidados ao pedalar

Como reforço de segurança aos usuários, as recomendações de uso e cuidados a serem tomados pelos usuários são usar máscaras durante as viagens, higienizar as mãos antes e depois de pedalar e evitar contato com os olhos, boca e nariz antes de lavar as mãos. 

O governador João Doria apresentou, nesta quarta (18) de agosto, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, estudo que demonstra que a Coronavac evita em 100% o desenvolvimento de casos graves de COVID-19 causados pela variante delta do SARS-CoV-2 e tem eficácia de 69,5% contra pneumonias decorrentes da doença. O estudo foi feito por pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da província de Cantão (Guangdong), na China. Os pesquisadores concluíram que a imunização total com duas doses foi 69,5% eficaz para prevenir pneumonia, um dos desdobramentos mais graves da COVID-19. Entre os não vacinados, houve 85 casos (1,44%); entre os vacinados com uma dose, 12 casos (1,42%); e entre os vacinados com duas doses, cinco casos (0,35%). Também não foram registrados casos críticos entre os vacinados, indicando que os imunizantes analisados têm 100% de eficácia contra o desenvolvimento de casos graves de COVID-19 causados pela variante delta – entre os não vacinados, houve 19 casos graves ou críticos. O estudo envolveu 10.813 pessoas e foi realizado em maio e junho de 2021, durante um surto da variante delta.

Na ocasião, o governador anunciou o programa de retomada do emprego e renda com bolsas que impactarão cerca de 120 mil pessoas este ano, denominado Bolsa Trabalho. O programa consiste em oferecer bolsas para a população desempregada, com prioridade para jovens e mulheres,em parceria com municípios cadastrados no programa. Serão ofertadas atividades de trabalho em órgãos públicos municipais e estaduais por 4h diárias, 5 dias por semana, com salário de R$ 535 por mês durante 5 meses. Além disso, serão oferecidos cursos de qualificação profissional e apoio à empregabilidade. Os municípios devem fazer adesão a programa no portal Bolsa do Povo até hoje, 18 de agosto. (bolsadopovo.sp.gov.br).

Doria anunciou o início da vacinação de adolescentes de 16 e 17 anos que possuem comorbidades e/ou deficiências, grávidas e puérperas em todo o estado de São Paulo, de acordo com o Plano Estadual de Imunização (PEI). “Iniciamos às oito horas da manhã de hoje a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos. Para marcar a data de hoje, denominado o Dia da Vitória, o Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares, e o Secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, acompanharam a vacinação de 11 alunos da Escola Estadual Professor Luiz Gonzaga Pinto e Silva, na zona sul da capital”, disse Doria.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, na terça (17), um projeto de lei que consolida, em um único documento, as leis estaduais de proteção e defesa da mulher. Chamado de Código Paulista de Defesa da Mulher, a medida seguirá agora para sanção ou veto, total ou parcial, do Executivo.

De acordo com o Projeto de Lei 624/2020, de autoria do deputado Thiago Auricchio (PL), o documento vai agrupar normas relacionadas ao tema produzidas em mais de 30 anos. Embora não crie novas leis, a iniciativa vai facilitar a consulta, tornar as normas mais conhecidas pela população e aumentar a eficácia dessas leis de modo a garantir os direitos das mulheres.

Entre as leis que estarão no Código Paulista de Defesa da Mulher está a que assegura atendimento prioritário às grávidas em serviços públicos; o direito de acompanhante para a parturiente em hospitais públicos ou privados que possuem convênio com SUS; além do direito à assistência humanizada no parto e à inclusão da cardiotocografia, que mede a frequência cardíaca do bebê e contrações, como exame de rotina no final da gestação. O direito ao aleitamento materno em estabelecimentos coletivos também faz parte da consolidação.

A consolidação engloba normas de combate à violência contra a mulher, políticas habitacionais e de promoção à saúde da mulher; além de leis que visam combater a discriminação contra elas e que criam datas comemorativas. Entre os destaques, estão regras para a prioridade da mulher na titularidade de imóveis de programas habitacionais do Estado; informações sobre o direito de aborto legal; manutenção de bancos de dados, acompanhamento de estatísticas e programas de combate à violência; bem como aqueles voltados para a reeducação do agressor, como o Viva Mulher.

Já as datas comemorativas são uma maneira de trazer à pauta assuntos relevantes para conscientizar a população. É o caso das semanas de Estudos sobre os Direitos da Mulher e da Saúde da Mulher, por exemplo, realizadas nos meses de abril e março, respectivamente. As celebrações também são importantes para o reconhecimento dessas cidadãs, como os dias Estadual da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em 25 de julho, e da Mulher Empreendedora, em 19 de novembro.

O deputado Thiago definiu a aprovação como um ganho da Assembleia Legislativa em defesa da mulher e acrescentou que vai trabalhar com a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher, que é vinculada à Secretaria de Estado da Justiça, "para dar publicidade ao Código em escolas, delegacias e postos de saúde, visando, em última análise, erradicar qualquer forma de discriminação e de violência contra a mulher".

"Apesar da nossa Constituição garantir igualdade entre os homens e as mulheres em direitos e obrigações, sabemos sobre o preconceito e a discriminação que existem contra a mulher em vários aspectos. No nosso Estado, existe uma grande legislação muito importante para o dia a dia da mulher, assegurando essa isonomia, só que por ela estar esparsa, o desconhecimento da legislação é enorme", afirmou Auricchio.

Emendas

A proposta original recebeu modificações, já que o Plenário acatou as quatro emendas propostas pelo relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, deputado Marcos Zerbini (PSDB). Parte das alterações adequa o texto ao momento atual, pois muitas leis passaram por mudanças.

Uma das emendas retirou do texto a seção que tratava da possibilidade de opção das mulheres pela cesariana, na qual era determinado o direito da parturiente de escolher pela cesárea a partir de 39 semanas de gestação ou por analgesia no parto normal, já que o Tribunal de Justiça do Estado considerou a norma inconstitucional por entender que o assunto era de competência da União.

Em razão das modificações, o projeto precisa ter a redação final elaborada pela Constituição de Comissão, Justiça e Redação (CCJR), no prazo de um dia, para ser enviado para análise do governador. Se sancionado total ou parcialmente, entra em vigor na data de publicação no Diário Oficial do Estado. Os detalhes técnicos de como a lei será executada poderão ser regulamentados posteriormente pelo Executivo.

Tipo de câncer que mais mata no mundo pode ter sua letalidade anual aumentada de 1.8 milhão para 3.01 milhões nas próximas duas décadas. O maior fator de risco para câncer de pulmão é o tabagismo. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao consumo do tabaco. Portanto, muitas das mortes por câncer de pulmão são evitáveis, alertam especialistas

Estamos no Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, doença que ocupa o posto de doença oncológica de maior mortalidade no mundo. Só no ano passado, foram registradas 1.794.144 mortes por câncer de pulmão, segundo o levantamento Globocan 2020, realizado pelo IARC, braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). E se nada for feito, esse número pode alcançar 3,01 milhões em 2040, um aumento de 66,7 % no número de mortes, de acordo com a projeção do mesmo estudo.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registradas cerca de 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão e são esperados para 2021 um total de 30.200 casos (17.760 em homens e 12.440 em mulheres). “Se considerarmos que esse tipo de câncer está fortemente relacionado ao tabagismo, responsável pelo desenvolvimento de 85% dos tumores malignos do pulmão, ou seja, uma causa evitável, a realização de campanhas de conscientização como o Agosto Branco são de extrema relevância no combate à doença”, afirma o cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Alexandre Ferreira Oliveira.

O médico patologista e diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Felipe D´Almeida Costa, explica que o câncer de pulmão é resultado de mutações que levam à doença em longo prazo, por danos causados por fatores de risco, com ênfase para o tabagismo e o etilismo. "Se todas as pessoas no mundo largarem o cigarro hoje, 8 entre 10 casos de câncer de pulmão deixariam de existir nos próximos anos”, diz. Assim, não por acaso, a epidemia de tabagismo é considerada uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, segundo alerta da OMS, em documento que avaliou o impacto global do cigarro, narguilé e outros formas de consumo de tabaco e concluiu que todas as formas de consumo de tabaco são prejudiciais à saúde.

Diagnóstico tardio – Um dos fatores que torna o câncer de pulmão ainda mais grave é o diagnóstico tardio, situação que ocorre em 75% dos casos. Entre os motivos elencados pelos especialistas da SBP e SBCO está o fato de que, muitas vezes, o fumante naturaliza os sintomas de tosse, pigarro e secreção, associando-os ao ato de fumar e negligência a possível evolução de um tumor. Outra situação que leva ao diagnóstico tardio é que quando um pulmão está afetado pelo tumor, o outro mantém a pessoa viva. Assim, mesmo com um pulmão já comprometido pela doença, a pessoa demora a procurar um médico, atrasando ainda mais o diagnóstico.

É uma situação muito grave porque as chances de sucesso no tratamento aumentam quando a doença é diagnosticada em fase inicial. De acordo com o levantamento SEERs, da American Cancer Society, quando a doença é descoberta ainda restrita ao pulmão a chance é de 59,8% do paciente estar vivo após cinco anos. A taxa de sobrevida em cinco anos cai para 32,9% quando a doença se espalhou para os linfonodos e, quando há metástase, a taxa é de 6,3%.

O câncer de pulmão acomete principalmente pessoas com mais de 65 anos. Porém, a doença pode acometer mais jovens, inclusive, com menos de 45 anos. De acordo com a American Cancer Society, a idade média das pessoas quando diagnosticadas é de cerca de 70 anos.

Evolução do tratamento – Paralelamente ao cenário de diagnóstico tardio e mortalidade, o câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas que mais mostra evidências de se beneficiar de terapias-alvo e de imunoterapias, tratamentos da era da Medicina de Precisão. Ao contrário do início do milênio, quando todo tumor pulmonar era tratado com quimioterapia, hoje os pacientes, antes de iniciar o tratamento, podem receber a indicação de teste de mutação em EGFR, BRAF, ROS-1, KRAS, fusão EML4-ALK, rearranjo em NTRK, dentre outras alterações genéticas para as quais há medicamentos com eficácia comprovada para perfis de pacientes com câncer de pulmão avançado.

Esse arsenal reflete em mais tempo e qualidade de vida para o paciente. Comparativamente, se em 2020, com tratamento restrito à quimioterapia, os pacientes com câncer de pulmão agressivo e metastático tinham sobrevida média de 12 meses, as terapias-alvo e, mais recentemente, as imunoterapias, permitem que os pacientes com câncer de pulmão, que têm indicação e acesso à esta terapia-alvo, tenham média de até 90 meses de sobrevida e com menor toxidade. Por essa razão, o acesso dos pacientes à terapia alvo é essencial. Isso porque a cirurgia não é a opção de escolha para o câncer de pulmão que é diagnosticado em fase avançada (o que representa 75% dos casos).

Combate ao tabagismo – Além do Agosto Branco, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no mesmo mês, dia 29. Importante reforçar que começar a fumar nunca é uma boa decisão. E, para os que fumam, que parar de fumar o quanto antes é o melhor que se pode fazer para diminuir o risco de câncer de pulmão e outras doenças oncológicas.

O caminho que a fumaça do cigarro percorre no corpo humano é devastador. O cigarro contém, entre outras substâncias prejudiciais, a nicotina, o alcatrão e um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas. O tabagismo aumenta o risco de vários tipos de câncer, além do de pulmão. São eles: cabeça e pescoço, bexiga, esôfago, estomago, pâncreas, intestino grosso e reto. O tabagismo também está ligado ao aumento de risco de alguns cânceres ginecológicos e leucemia.

Quatro anos. Esse é o número mágico que separa uma Olimpíada da outra. E é também o tempo de carreira de um jovem paratleta paranaense que descobriu na natação uma nova razão para viver e que tem, nos próximos três anos - afinal, a covid-19 mudou até isso -, o foco na busca por uma vaga na Paralimpíada de 2024. Em meio à pandemia do coronavírus que afetou milhões de atletas em todo o mundo, o nadador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), competidor da classe S9 (deficiência físico-motora), João Lucas Bezerra, foi o único paratleta da América Latina a competir na Europa, em 2020.

O paranaense, de 21 anos, participou da etapa de Berlim, na Alemanha, competindo no Circuito Mundial de Natação Paralímpica, o World Series, nas finais B dos 50m livre, dos 400m livre e dos 100m costas. No World Series, o jovem conquistou a medalha de bronze e ainda atingiu a marca de 29 segundos e 66 centésimos – a melhor de sua carreira nos 50m. Na competição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não enviou a delegação, mas teve João representando o Brasil, entre os cerca de 400 nadadores de 11 países que estiveram na capital alemã.

Recomeços

A tão sonhada participação nas Paralimpíadas, no entanto, ficou para 2024. A pandemia do novo coronavírus impactou as rotinas e chegou a causar o cancelamento de algumas disputas que poderiam garantir participação ainda em Tóquio. Agora então é hora de recomeçar com foco em Paris. Mas recomeços não são novidade para João. Em novembro de 2015, o jovem, na época com 15 anos, voltava para casa com amigos por uma rodovia, em Rio Branco do Sul, no Paraná. O carro deu problema e, quando João desceu para verificar, foi violentamente atropelado por um motorista alcoolizado, que fugiu do local sem prestar socorro.

Esse é o momento em que João começou uma nova etapa em sua vida, depois de ser encaminhado ao Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), do Grupo Marista. Foram sete dias em coma, 24 dias internado, seis cirurgias ortopédicas e uma cirurgia plástica. No processo de tratamento, teve uma de suas pernas amputadas. O que poderia ter sido um impeditivo para o crescimento e desenvolvimento de um adolescente, se transformou em sua nova realidade e profissão.

O jovem conta que foi a equipe médica do hospital que o ajudou a compreender o que havia acontecido e vislumbrar novos passos e possibilidades para o futuro. “A equipe de psicólogos sempre esteve comigo, me confortando e, principalmente, mostrando que esse não era o final da minha vida, mas apenas o começo. Quando acordei do coma, percebi que estava sem uma perna e foi preciso um forte trabalho psicológico para me acalmar e visualizar um futuro”, relembra o paratleta. Pela complexidade do caso, a equipe de profissionais de saúde que esteve presente no atendimento e nos processos de recuperação de João foi grande, com enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e médicos. “Foram os profissionais do Hospital Cajuru que me fizeram estar onde estou hoje, como atleta. Eles me deram os dois livros que li durante o tratamento e que me fizeram perceber e abrir minha mente para acreditar que tudo era possível”, conta.

Ao relembrar da história de João Bezerra, o gerente médico do hospital SUS de Curitiba, José Augusto Ribas Fortes, se emociona. “Temos uma gratidão muito grande em saber que contribuímos nesse recomeço. O nosso papel é exatamente esse, salvar vidas”, comenta. A imprudência no trânsito e, consequentemente, os acidentes que ocorrem trazem dados alarmantes. Em 2020, por exemplo, oitenta pessoas morreram por dia em consequência de acidentes no trânsito em todo o país, segundo dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS). João é um sobrevivente que viu no esporte a força necessária para a superação.

Conquistas

Integrante da equipe de natação paralímpica da PUCPR, que, assim como o Hospital Cajuru, também faz parte do Grupo Marista, João traz em sua carreira títulos como os de campeão paranaense nos 50m livre, 100m livre e 100m costas, todos em 2017. Já no ano seguinte, conquistou cinco medalhas em sua primeira participação no circuito brasileiro, além do World Series São Paulo/Circuito Internacional, em que conquistou bronze nos 100m peito e 2º lugar na final B. Em 2019, participou quatro vezes do circuito brasileiro e alcançou três medalhas de bronze nos 100m costas, além de ficar em 4º lugar na classificação final do brasileiro. No saldo de 2020, foram três participações em competições e três medalhas conquistadas.

A história do paratleta João Bezerra é um exemplo de que o atendimento humanizado, a proximidade e a excelência médica fazem diferença e impactam na vida das pessoas, a ponto de mudar realidades em áreas como o esporte. “Entender que a forma como tratamos cada pessoa pode mudar rumos é fundamental. Ainda mais quando estamos falando de dar um novo sentido à vida de alguém que sofreu um acidente com sequelas no corpo e na mente tão impactantes”, afirma o diretor-geral da área de saúde do Grupo Marista, Álvaro Quintas. “Saúde psicológica, física, proximidade, fisioterapia e práticas de treinos constantes estão conectados no esporte paralímpico. E, para nós, cuidar da vida das pessoas faz parte de uma missão como grupo e como seres humanos. Nosso principal objetivo é fazer a diferença para aqueles que estão ao nosso lado”, finaliza. A vida de João seguiu um novo caminho e uma nova história que está sendo construída com muitas medalhas de superação.

O breaking, dança que será uma das novidades nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, é uma atração da Casa do Hip Hop, em Diadema, o templo sagrado da agora modalidade esportiva no Brasil.

Embora o breaking seja bastante disseminado em eventos ligados à chamada cultura de rua, o anúncio do Comitê Olímpico automaticamente transformou os seus muitos adeptos por aqui em potenciais medalhistas olímpicos. Isso porque a ligação da cidade com esse tipo de dança vai muito além da visibilidade proporcionada pela Casa do Hip Hop – além claro, de ser o local onde Nelson Triunfo começou a fazer história.

Diadema tem se destacado também por oferecer aulas gratuitas breaking por meio das oficinas culturais realizadas pela Prefeitura. Foi a partir desse trabalho que uma geração inteira de novos bboys e bgirls (como são chamados os dançarinos e dançarinas de breaking) começou a despontar nacional e internacionalmente. Muitos, inclusive, fazendo dessa arte a sua profissão – como é o caso do premiado HP Klinger Anakleto.

Atualmente, em função da pandemia, as aulas ainda estão sendo oferecidas apenas de maneira virtual. Mesmo assim, cerca de 200 pessoas de várias idades já estão participando das oficinas ministradas por professores renomados. “Não tem como falar do breaking no Brasil sem falar de Diadema de da Casa do Hip Hop. Foi aqui, lá nos 1990, que a dança começou a ganhar destaque pelas mãos (e pés) de Nelson Triunfo e outros grandes dessa cultura. Nossa cidade foi uma das primeiras a oferecer oficinas do tipo e isso e explica o enorme interesse da população mesmo com as aulas ministradas virtualmente”, avalia Reinado Leiva, chefe do serviço de Formação da Secretaria de Cultura.

Futuro olímpico

A inclusão do breaking como modalidade olímpica foi recebida com entusiasmo pelos seus praticantes em Diadema. Um deles é Biel, de 22 anos, cria da Casa do Hip Hop e bboy desde os 12.  Dá pra dizer, sem medo de errar, que ele é oriundo da quarta geração de dançarinos da cidade e já considerado uma das apostas do breaking para representar o país na maior competição esportiva do planeta – e, quem sabe, trazer o ouro para cá.

“Daqui de Diadema saiu algumas das principais crews (grupo de bboys) do país e também uma das primeiras a ser campeã mundial (a Funk Fuckers). Não tenho dúvida de que muita gente da cidade estará pronta para disputar uma vaga na Olimpíada e quem sabe até trazer uma medalha para o país”, avalia Biel.

O secretário de Cultura de Diadema, Deivid Couto, concorda: “A Casa do Hip Hop já forjou campeões mundiais e Diadema é a terra de grande nomes da modalidade. É natural que a gente crie uma expectativa muito grande de representar o Brasil em Paris em 2024”.

Onde fazer

As inscrições estão abertas desde o dia 27 de julho e não têm data para acabar. Elas serão realizadas de forma digital por meio do preenchimento completo do presente formulário eletrônico no site: https://tinyurl.com/OficinasDiadema2021

Por enquanto, todas as aulas são apenas virtuais. Assim que a pandemia permitir, elas voltarão ao modo presencial.


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