26 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Na terça feira, dia 24 de setembro, a AME (Associação de Amigos da Memória) da cidade, teve o prazer em receber os alunos da Escola Municipal Marly Buissa Chiedde. Recebemos 27 crianças do 5º ano A, com sua professora Andréa e outras mestras que as estavam acompanhando.
O tema para o encontro foi a imigração na nossa cidade, seus costumes, sua alimentação e culminando perguntas das crianças de como era o passado em São Bernardo.
Bom, o tema foi muito explorado pelos memorialistas e associados do AME.
Os imigrantes eram principalmente italianos. Assim eu fui designada para falar sobre meus avós alemães e portugueses. Falei então que meu avô e avó alemães se conheceram aqui em São Bernardo e aqui se casaram. Por sinal tenho a certidão: foi em 28 de novembro de 1896. Não me estendi muito, pois para as crianças é cansativo. Falei que eles vieram para o Brasil fugindo das guerras constantes entre os países europeus. Sobre meus avós portugueses, que meu avô veio para o Brasil aos 14 anos, se afastando do seminário, pois segundo costume dos portugueses o filho mais velho deveria ser padre. Tem também uma história, de que ele foi expulso, por não concordar com a vida lá dentro. Lógico que me omiti sobre isso...rsrss... Enfim, ele desembarcou em Santos arrumando emprego de Office boy, ou seja, menino de pequenos serviços. Antes de se casar já era sócio da empresa. Conheceu minha avó na inauguração da Ponte Pênsil, entre São Vicente e a Praia Grande. Se casaram lá e vieram morar em São Paulo e quando minha mãe tinha 14 anos, em São Bernardo. Foi aqui que ela e meu pai se conheceram e casaram.
Aí falei de um modo geral sobre as “comidas”, e que eu casei com neto de italianos, que não sabia cozinhar. Devido meus pais gostarem muito da cozinha, com 5 filhos, nossa mesa misturava todas as culturas de imigrantes que aportaram aqui no Brasil. Que meus três filhos homens também sabem preparar qualquer refeição. Tenho cinco netos, e as duas meninas agora estão começando a se interessar, mas os meninos me orgulham de saberem preparar muitas comidinhas.
Dei uma ideia à professora em fazer um trabalho com os alunos, em que eles conversem com seus avós sobre alguma receita, escrevam e levem para apresentar na escola. Acho isso importante em uma família, pois aproxima os netos dos avós. Finalizando disse que ia encerrar (cada um de nós, já relacionados, tinha cinco minutos para falar) e entregar um dos meus livros de culinária para eles, o “Cozinhando Entre Amigos...receitas, histórias, pensamentos...” e que eles iam lá encontrar muitas histórias sobre o cozinhar.
Entregamos então um botton às crianças, sobre a AME.
Como elas estão fazendo um curso de italiano, um convênio do consulado italiano com à cidade, cantaram para nós a música Vivo per lei.
Nos deram o prazer de estar presente, o Secretário de Cultura Adalberto Guazzelli e a Dalva Franceschetti, diretora das bibliotecas e da cultura da cidade.
Eles se despediram, alguns vindo nos agradecer com um beijo.
Para nós foi uma tarde prazerosa, principalmente por passarmos uma mensagem do amor que pode fazer a diferença nos laços com a família.
Um abraço, Didi

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