30 Apr 2024

Publicado em Editorial
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No mercado profissional do Brasil, os jovens têm sido os mais afetados pelo desemprego. Cerca de 25,8% do total de profissionais que procuram emprego são membros da geração denominada “Z”,ou seja, jovens entre 18 e 24 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na América Latina e países do Caribe, esse número é de 18,5%.  
As razões para esses altos números de desemprego são diversas, mas muitas delas, reflexo de um ciclo difícil de ser quebrado. As empresas, por mais que ofereçam treinamento para seus novos funcionários, acabam dando preferência aos profissionais com qualificações mínimas que já atendam às suas necessidades. E, num país onde a base educacional nunca foi prioridade na gestão pública, nem todos têm acesso a uma preparação de qualidade, o que torna a entrada no mercado de trabalho desigual.
Para romper esse ciclo, uma opção seriam as seleções à cegas, baseadas nas competências comportamentais (soft skills), nos quais são valorizadas habilidades mentais, emocionais e sociais, independentemente de experiências profissionais e de informações que podem ser restritivas, como a formação acadêmica. Segundo a pesquisa global Capgemini Digital Transformations Institute de 2017, 60% das empresas estão em uma crise de soft skills entre seus funcionários. A pesquisa ainda revelou que a busca por profissionais com soft skills vem aumentando. Os 1.250 executivos da pesquisa, buscam: Foco no Cliente (65%): prestar bom atendimento e dedicar-se ao cliente; Colaboração (64%): cooperar com a equipe e na rotina de trabalho; Paixão por aprender (64%): sair da zona de conforto e ir em busca de novos conhecimentos; Habilidade Organizacional (61%): conhecimentos que o gestor precisa para compreender a complexidade da organização.
Além das competências comportamentais, o profissional da geração “Z” deverá estar atento ao que o mercado busca, ou seja, além do conhecimento técnico, a habilidade para trabalhar em equipe, se adaptar rapidamente às mudanças e aderir de forma satisfatória às inovações.
Os desafios que esses jovens encontrarão também estão além da base curricular, pois vive-se a era da robotização. Com essa revolução tecnológica, o que fará o jovem se diferenciar é a prontidão e a capacidade de aprender, o máximo do tempo que puder, e pôr esse conhecimento em prática. E a tecnologia, não pode ser vista como boa ou ruim, nestes casos, e sim, por trazer pontos que vão contribuir e outros que teremos que aprender a lidar. O segredo é o equilíbrio entre a junção da agilidade tecnológica e da experiência alheia, que contribui para a produtividade das empresas. E para isso, jovens ainda terão como desafio melhorar a capacidade de se relacionar de maneira mais colaborativa e interpessoal.
O cenário é difícil, de um lado jovens reclamando da falta de oportunidade e, do outro, as empresas que dizem não encontrar profissionais capacitados, mas, os jovens profissionais têm que achar o seu espaço e estarem preparados e investirem em suas habilidades sociais.

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