02 May 2024

Publicado em Editorial
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   Santo André celebra 471 anos nesta segunda (8). O município teve origem na antiga vila de Santo André da Borda do Campo. A vila foi fundada por João Ramalho, que se casou com a índia Bartira ("flor de árvore", em tupi), filha do cacique Tibiriçá, da tribo dos Guaianases. Em 8 de abril de 1553, o seu pedido de transformar a região em que vivia em Vila foi atendido pelo governador-geral Tomé de Sousa.
   Em 1558, Ramalho passou a governar a vila como alcaide-mor. Em 1560, devido às rivalidades entre os padres jesuítas de Piratininga e o alcaide, além dos conflitos com os povos indígenas da Confederação dos Tamoios, o governador-geral Mem de Sá decidiu transferir a vila para os campos de Piratininga, onde, desde 1554, já se localizava o Colégio de São Paulo, erguido no atual Pátio do Colégio.
   O povoado que viria a constituir a cidade de Santo André surge com a inauguração da estação de trem São Bernardo, da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em 16 de fevereiro de 1867. Esta estação se situava na então Freguesia de São Bernardo, vinculada à cidade de São Paulo.
   Já a expansão industrial remonta ao final do século XIX e caracterizou-se por um misto de produção industrial e artesanal. As primeiras indústrias foram a Tecelagem Silva Seabra & Cia, conhecida também como Fábrica Ypiranguinha por estar sediada na região que, atualmente, é conhecida por esse nome. Foi inaugurada em 1885 e produzia brim de algodão. Esta indústria operou até a década de 1970. Outra tecelagem instalada ainda no século 19 foi a Bergman, Kowarick& Cia que iniciou suas atividades em 1889 e fabricava casemiras.
   Além disso, outras tecelagens menores foram se instalando no início do século XX, como a Fiação e Tecelagem Santo André (1908), a Fábrica de Tecidos de Algodão (1920), a Fábrica de Tecidos São Geraldo (1926), o Jutifício Maria Luiza Ltda (1933), entre outras. Todas já desapareceram, principalmente por não conseguirem se impor às inovações tecnológicas, após a década de 1950.
   Assim, com o passar dos anos, a antiga Vila de Santo André da Borda do Campo cresceu para tornar-se uma metrópole. Atualmente, Santo André, não possui mais o vigor que foi ressaltado no próprio hino da cidade, cujos versos destacavam o município como um: “gigantesco viveiro industrial”. Assim como as demais cidades do ABC, sofre com a desindustrialização e tenta manter as indústrias existentes. Nos últimos anos, tem-se observado um aumento de atividades nos setores de serviços e no comércio.
   Na área política, é administrada pelo governo do prefeito Paulo Serra, que chega ao oitavo e último ano do segundo mandato. Em entrevista exclusiva, revelou que “está muito feliz” de finalizar o último ano e por já ter cumprido mais do que 80% do plano de metas. “É uma sensação boa de dever cumprido”, disse. Em relação a dívida pública municipal, o prefeito garantiu que a reduziu em 80% e que a cidade tem R$ 1 bilhão em obras já entregues e em andamento. Também revelou que, agora, tem uma “grande missão” de escolher o seu sucessor. “Não posso passar o comando desse avião, com tantas famílias embarcadas, para alguém que nunca pilotou nada e não tem essa experiência na gestão”, avaliou. Caso consiga fazer seu sucessor, Serra irá quebrar um paradigma em Santo André. O último prefeito que conseguiu eleger um sucessor foi o Newton Brandão, em 1972, com Antonio Pezzolo.
   Mas, o importante é que a cidade aniversaria. Assim, é hora de resgatar a esperança. Santo André está no coração de cada um. Para celebrar os 471 anos, a cidade terá mais de 100 atrações, entre shows, entregas e inaugurações. Parabéns, Santo André!

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