29 Apr 2024

Publicado em Editorial
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31/05/14
Overdose de Copa

Era esperada a manifestação nas ruas de brasileiros que gostam de futebol, ainda mais no período de Copa do Mundo, principalmente nos dias que antecedem o início. Nas outras Copas, o costume era pintar as calçadas com as cores verde e amarelo, comprar uma cópia da camisa da seleção para colocá-la nos dias de jogos e outras “cositas mas”. Até aí, tudo bem. Na medida em que os dias passam e o início se aproxima, as TVs, ululando para chegar logo para faturar, começaram a por no ar anúncios e mais anúncios das empresas que patrocinam a Copa. Também veiculam os anúncios dos que compraram quotas de patrocínio dos canais abertos e agora dos canais pagos. No intervalo nas TVs, quase todo espaço é ocupado por anúncios da Copa. Aí começou, praticamente, a overdose de “Copa do Mundo”. Os anúncios veiculados, de modo geral, têm por orientação a célebre frase “porque ufano do meu País”

. Tudo isso, porque o famoso escritor de livros e textos teatrais, que marcaram época, Nelson Rodrigues, na sua coluna editada por um jornal do Rio, publicou uma frase que se tornou célebre: “O Brasil, na Copa do Mundo, é o País de chuteiras”. Um outro compositor, que também era publicitário, numa música sobre a Copa criou aquela famosa frase: “de repente, é aquela corrente pra frente Brasil”. Isso contagiou os torcedores brasileiros no período da Copa.
Assim, em todo intervalo dos programas de TV é despejado nos espectadores anúncios e mais anúncios sobre a seleção. E dá-lhe Copa: enfatizam os detalhes de cada um dos 23 heróis convocados para seleção da Copa, qualquer coisinha com jogar na Granja Comary vira manchete nos noticiários dos jornais, nas TVs, etc. Tem anúncios de todos os tipos, um deles é para concorrer com cupões para consegui-rem lugares reservados nas Arenas, outros entregam camisas da Seleção aos torcedores, etc. Mas, a novidade é que os canais de TV e também os patrocinadores querem, porque querem, emplacar as suas músicas feitas especialmente para o evento. Assim, nos intervalos, depois dos anúncios dos patrocinadores, os assistentes são obrigados a ouvir as músicas feitas por cada canal de TV. Mas, o que não dá para entender foi a jogada do Bradesco, que pretende criar uma nova gíria utilizando a propaganda do Banco nos comerciais mostrados pelas TVs. Antes, era apenas “Bra de Brasil e Bra de Bradesco”. Agora, aparecem em vários comerciais com grupos de jovens, com o locutor falando ao fundo:  “bra disso”,”bra daquilo”. E por aí vai. Alô, Bradesco, não dá para guardar no cofre-forte o “bra”, que já irritou muita gente? Será que seleção precisa de tanto “bra”?

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