A diretora da Anpac, para o jornal Valor Econômico, disse que "há uma ampla cadeia de negócios para atender os participantes dos concursos". Os que lucram mais com concursos públicos são os cursos preparatórios (local ou à distância). Os interessados em cargos públicos, na sua maioria, têm entre 20 e 45 anos e a qualidade, obviamente0 define o sucesso entre os cursos preparatórios, pois os cursos ruins não conseguem muitos alunos. Entrar no setor não é difícil, pois não tem regulamentação, mas o importante é investir em locais apropriados, corpo docente e mídia para atrair os alunos. Para se ter um exemplo, a empresa Damásio Educacional revela que os cursos são regulados pela concorrência, já que os alunos de concurso desejam resultados e métodos eficientes. A Damásio é especializada em concursos jurídicos, fiscais e exames da Ordem dos Advogados do Brasil, pois há 40 anos, o professor Damásio de Jesus tem uma estratégia para aprovar profissionais nos concursos públicos. Assim, a demanda cresceu. A vivência na área jurídica permitiu a criação de uma Faculdade de Direito e na oferta de cursos de pós-graduação. O grupo Damásio atende 52 mil alunos por ano em todo o País, entre preparatórios e pós graduação. Para entrar em outros estados, o modelo escolhido foi a franquia. São duas unidades próprias em São Paulo e 230 franqueadas.
Há outros exemplos que também poderiam ser citados. Mas, o importante é que esse setor, praticamente, nunca foi levado a sério por investidores, tornou-se, assim, um negócio lucrativo que movimenta R$ 50 bilhões por ano. E os que investiram em cursos preparatórios, agora, estão colhendo os frutos plantados. Ou melhor, estão faturando alto. É isso aí.