03 May 2024


O fechamento dos clubes de empresas

Publicado em Editorial
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23/08/14
O fechamento dos clubes de empresas

Décadas atrás, grupo de jovens amigos tinha como ponto de encontro o então famoso Bar Quitandinha, do amigo Chico, que já se foi, que marcou época em Santo André, localizado numa esquina da Rua Coronel Oliveira Lima, Santo André, onde funciona atualmente a Camisaria Riviera, do amigo Bink Telent. As conversas, vez ou outras, eram sobre basquetebol no ABC, que, naquela época, tinha o campeonato do ABC, que reunia clubes de fábricas como Pirelli, Rhodia e General Motors e também clubes sociais como Aramaçan, Panelinha, São Bernardo, São Caetano, Ribeirão Pires e um time da colonia judáica de Santo André.

Era realmente um campeonato de bom nível técnico. As conversas entre os que freqüentavam o Quitandinha, às vezes, pegavam fogo, sempre no bom sentido.  Vez ou outra surgia no bate-papo que a vida de um clube de fábrica era efêmera, isto é, tinha vida curta. E não deu outra, só que demorou muitos anos para acontecer. Décadas depois, quando o Quitandinha não existia mais, os clubes de empresas estão desaparecendo, mesmo depois de construir sólidos prédios, quadras de esporte, campo de futebol, etc. A Pirelli, ao que tudo indica, foi um dos primeiros a terminar com o clube dos funcionários que, no voleibol, conquistou títulos nacionais e internacionais, no futebol e outras modalidades. A Rhodia também fechou o clube e a área ocupada, na avenida do Estado, foi cedida para o Carrefour. A Volkswagen, por sua vez, também construiu um belíssimo clube para os funcionários com destaque na área de esportes, principalmente no futebol e outros. Com o fechamento do clube, a Prefeitura de São Bernardo, no local, construiu uma das melhores pistas de atletismo do País, que nada fica a dever as pistas de atletismos dos EUA e da Europa. Agora, a Geneal Motors também pretende terminar com o clube dos funcionários, onde o futebol de salão, o basquete e outros esportes conseguiram destaques nacionais. Segundo notícia que publicamos semanas atrás na primeira página, a GM pretende vender a área onde está instalado o clube, nas proximidades da fábrica localizada na Avenida Goiás, em São Caetano. Alguns funcionários aposentados, que frequentam o clube, conversam sobre o encerramento das atividades, cujo terreno, com patrimônio, será negociado. Ainda não se sabe quantos dias mais de vida terá o clube.
Assim, os comentários de anos atrás no Quitandinha eram no sentido de que a vida dos clubes de empresas é mesmo efêmera. Mas, há uma razão para o fechamento dos clubes. As empresas, como se sabe, têm altos e baixos ao longo dos anos e as crises sempre chegam. Aí, há uma revolução interna, com dispensa de funcionários, mudanças de chefia e diretores. Assim, os novos que entram na empresa não acompanharam a vida dos clubes. Para eles, que só pensam em faturamento, os clubes ficam em segundo plano. É isso aí.

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