02 May 2024


A sucessão em Santo André

Publicado em Editorial
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22/11/14
A sucessão em Santo André

Se as eleições municipais de Santo André fossem realizadas no início do próximo ano, o atual prefeito Carlos Grana estaria tranquilo para disputar a reeleição sem se preocupar com adversário em condições de derrotá-lo. Essa é a realidade. E por que isso? Ora, Santo André está com uma falta enorme de liderança política que faça oposição ao PT, que vem comandando a Prefeitura desde 1997 com a eleição de Celso Daniel, que foi reeleito em 2001.

Assassinado em janeiro de 2002, João Avamileno assumiu em 18 de janeiro de 2002 e reelegeu-se em 2005 e seu mandato terminou em 31 de dezembro de 2008. Quer dizer, o PT governou Santo André por 12 anos. Em 2009 foi eleito Aidan Ravin (PTB) que quebrou, até então, a dinastia petista no comando da Prefeitura de Santo André. Contudo, Aidan perdeu a enorme chance de se impor como nova liderança política na cidade, pois realizou uma péssima administração, pois deixou a cidade de lado para se preocupar apenas com o outro lado de um mandato. No poder, não conseguiu reeleger-se. Não deu outra, em janeiro o PT voltou a comandar o Paço de Santo André com a eleição do sindicalista Carlos Grana, que obteve 155,6 mil votos no primeiro turno contra 135,1 mil destinados ao ex-prefeito Ravin. No segundo turno, Grana chegou a 204,5 mil votos e Aidan ficou com 174,8 mil. A vitória de Grana surpreendeu muita gente, pois era pouco conhecido na cidade. Na eleição para deputado estadual, dois anos antes, Grana foi eleito com 126,9 mil votos, mas obteve em Santo André apenas 25,1 mil. Isso porque ainda não era muito conhecido do eleitorado. Porém, dando prioridade à cidade, o prefeito Grana vem aumentando seu prestígio junto ao eleitorado. Além disso, não tem nenhum adversário de peso que possa derrotá-lo em 2016. Por que isso? Ora, a oposição até agora não tem um nome de peso para enfrentá-lo na próxima sucessão municipal. Alguns nomes, porém, estão procurando espaço para se candidatarem a prefeito: Paulinho Serra, atual secretário de Obras do atual prefeito, ainda não se definiu sobre sua candidatura; Raimundo Salles, que conseguiu 48,7 mil votos na eleição de 2012, também tem pretensão, e outro nome ventilado é o presidente da OAB de Santo André, Fábio Picarelli, sem experiência nas urnas. O ex-prefeito Ravin também deseja disputar o pleito, mas se candidatou a deputado federal, nas eleições passadas, e obteve 50,4 mil votos, dos quais 34,5 mil votos em Santo André. Para quem conseguiu 174,8 mil votos no segundo turno da eleição contra Grana, a baixa votação no último pleito pode dificultar o caminho para a prefeitura. Enfim, o atual prefeito vai tocando o barco municipal tranquilamente, pois até agora não tem ninguém assustando a sua reeleição.

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