29 Apr 2024


O ABC é mais, mesmo em crise

Publicado em Editorial
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13/12/14
O ABC é mais, mesmo em crise

Nem sempre as coisas boas que acontecem no ABC são abordadas em editoriais pelos dois principais jornais de São Paulo. No entanto, quando o período é ruim, os problemas que estão prejudicando a região merecem um editorial com título seguinte: “O ABC não é mais o mesmo”, na edição do Estadão de terça (9 de dezembro). Obviamente, o problema ressaltado é sobre as montadoras com sede na região, que “o ano de 2014 está sendo um pesadelo aos trabalhadores das montadoras de automóveis que antes achavam que pertenciam a uma elite privilegiada na classe operária brasileira”.

Mais adiante colocam uma posição do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, “de 2000 para cá, este foi o ano que teve mais paradas de produção”. E enfatizam que “o glamour da época das greves e privilégios nos governos Lula foram substituídos pela preocupação com a produção e o emprego”. Faz referência também “ao recorde de PDVs, lay-offs e férias coletivas e que nunca tantas montadoras recorreram à suspensão temporária de contratos de trabalho, férias, semanas curtas de trabalho e os programas de demissão voluntária (PDV) num único ano. Em 2014, esses expedientes foram adotados em quase todos os meses, numa espécie de rodízio entre a maioria das empresas para driblar a ociosidade das fábricas, que supera os 20%”. É bom lembrar que neste ano, segundo a Anfavea, a produção de veículos caiu 15,5% até novembro deste ano em relação ao ano passado. Por outro lado, foram cortados 10 mil postos de trabalho e que atualmente dá emprego para 147 mil pessoas. O editorial também faz um balanço sobre as montadoras locais que dão cinco semanas de férias coletivas, mais 1,2 mil trabalhadores em lay-off (operário é dispensado de trabalhar por até cinco meses, recebendo parte do salário da empresa e parte do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e obrigando os operários a fazerem cursos de requalificação). A empresa, por sua vez, não recolhe o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nem contribuição para o INSS. Mesmo com todos incentivos tarifários concedidos pelos governos petistas nos últimos 12 anos e das medidas adotadas pelas fábricas para reduzir a produção depois das quedas acentuadas de vendas no primeiro semestre deste ano, os estoques nos pátios e revendas chegam a 400 mil veículos. As medidas adotadas não conseguiram evitar as demissões. Um trecho do editorial procura diminuir a importância do ABC: “sem ter a antiga importância como pólo industrial, o ABC (não é necessário o adjetivo “paulista”) é a região mais atingida pela crise da indústria automobilística. Desde 1990, pela primeira vez, a balança comercial da região fechará o ano no vermelho. O ABC já enfrentou outras crises e tirou de letra.

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