03 May 2024

Publicado em Editorial
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O boom imobiliário tomou conta de Santo André, São Bernardo e São Caetano, nos últimos anos, pela invasão das grandes construtoras da capital. Vieram para o ABC porque descobriram que os preços das áreas livres para construção eram mais barato do que as áreas da capital. As grandes construtoras, praticamente, tomaram conta das áreas disponíveis no ABC. Para faturar mais, os terrenos eram aproveitados na sua totalidade, pois onde cabiam duas torres de nível A, construíram quatro ou cinco torres com mais de 20 andares. Um exemplo disso aconteceu em São Bernardo, na área da antiga Fábrica Tognato, ainda com espaço para erguer torres que faltam para o total de 12. O primeiro a ser levantando, nesse local, foi uma torre com 40 andares e as demais são menores. Em Santo André, nas imediações da Prefeitura, uma construtora levantou quatro ou cinco prédios, onde caberiam dois de alto nível. A solução encontrada foi construir uma alameda interna para dar acesso aos quatro prédios. Neles, os donos de apartamento, são obrigados a buscar as visitas na portaria comum a todos os prédios. Outras torres, com a utilização de quase todos os espaços, tiveram problemas, sem que fossem levados em consideração a individualização de cada prédio, com os estacionamentos comuns a todos os apartamentos das três ou quatro torres. Quer dizer, o congestionamento de veículos agora começa dentro do prédio.
Em São Caetano, as construtoras acabaram com os espaços vazios, erguendo prédios e mais prédios. Alguns de péssimo gosto, que não deixaram espaço interno na entrada e a solução foi colocar a porta de entrada encostada na calçada. Mas, o pior de tudo é a falta de consideração das construtoras com os veículos que transitam pelas ruas onde estão sendo erguidas as torres. Nos dias que enchiam as lajes de concreto, eram um salva se quem puder. As betoneiras fechavam quase todos os espaços das ruas no horário de expediente, deixando uma pequena passagem para apenas um veículo passar numa rua com duas mãos. A situação é mesma quando as empresas iam entregar materiais usados na construção. O resultado foi que as ruas, em frente às torres, ficaram com buracos e as construtoras, na entrega dos prédios, jogam cimento qualquer para tapar os buracos, sem nenhum critério, deixando-o remendado. Os veículos, ao passar pelo local, trepidam como tivesse passando por um buraco.
O que não dá para entender como é que as prefeituras locais aceitaram esses remendos de péssima qualidade feitos pelas construtoras. Pelos menos, poderiam intimar judicialmente as construtoras para melhorar os estragos que fizeram na frente dos prédios que construíram. Quer dizer, as construtoras vieram para o ABC somente para ganhar dinheiro e entregar prédios de segunda classe.

Última modificação em Terça, 04 Agosto 2015 08:57
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