29 Apr 2024


Quem cuidou da cidade é reeleito

Publicado em Editorial
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Com muita experiência e muita bagagem eleitoral, um político do ABC, nas conversas reservadas com amigos sobre eleições municipais, costuma resumir a atuação de um prefeito, que vai disputar a reeleição, em duas atividades e nada mais do que isso: 1) cuidar da cidade e 2) cuidar do caixa 2, que todo mundo sabe o que é. Porém, faz a seguinte ressalva: os que invertem essa ordem não conseguem se reeleger, como os seguintes exemplos: ex-prefeito de Santo André, recentemente, que não conseguiu se reeleger e, em São Paulo, a senadora Marta Suplicy, quando era prefeita de São Paulo, etc. Isso, no entanto, pode parecer, no dia-a-dia, uma brincadeira ou uma utopia. Pode ser. Mas, tem um fundo de verdade por causa da atuação dos políticos quando estão no poder; ou melhor, quando sentam, pela primeira vez, na cadeira do poder. Em Santo André, o ex-prefeito Aidan Ravin tinha pela frente uma chance enorme de se tornar uma nova liderança na cidade, porque os políticos, até então com curral eleitoral na cidade, estavam no fim de carreira ou já tinham falecido. Assim, o campo estava livre para uma nova liderança política. Contudo, um jornalista, que tinha visitado o prefeito, semanas após sua posse, depois de um chá de cadeira de duas horas, juntamente com outro amigo, abordou o assunto com o chefe do Executivo, quando foi chamado ao gabinete. Enfatizou que isso seria decorrente do resultado natural de uma boa administração. Evidentemente, que não adiantou nada, pois o que tomava espaço na cabeça do novo prefeito era a estrondosa vitória sobre o PT, que 12 anos depois deixava a prefeitura. No dia-a-dia no comando da máquina administrativa, o prefeito não tinha o controle total sobre o secretariado, pois boa parte deles não conhecia a cidade e tinha liberdade para trabalhar, pois cada um não dava a devida atenção ao “chefe”. Alguns deles, como o secretário de comunicação e também o pessoal da área de marketing, no dia-a-dia, em quase quatro anos de mandato, não atendiam telefonemas da mídia local, “pois estavam em reunião, não atendiam ao telefone”, etc. O relacionamento azedou. Outras publicações também reclamavam sobre o atendimento desse setor. As fofocas sobre a administração da cidade aumentavam cada ano. O prefeito, por sua vez, chegou sem fôlego político para disputar a reeleição. Não deu outra, o PT voltou ao poder com Carlos Grana, que era um político totalmente desconhecido na cidade. Desse jeito, o prefeito da época, por quatro anos, não conseguiu virar o jogo político no segundo turno. Foi realmente uma administração que não se preocupou com a cidade, o resultado está escrito nas primeiras linhas deste comentário.

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