As montadoras instaladas no Brasil produzem veículos desde a década 50. Na época, o parque industrial ainda estava em formação e a chegada da indústria automobilística, evidentemente, provocou o crescimento da área industrial. Foi o presidente Getúlio Vargas que, de volta ao governo, solicitou ao Capitão Lúcio Meira, subchefe da Casa Militar, sobre a viabilidade de implantar a indústria automobilística nacional. A Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI), criada em 1951, foi para o exterior em busca de apoio de fabricantes estrangeiros. A primeira empresa a chegar ao Brasil foi a Volkswagen, em abril de 1953, com sua fábrica no bairro Ipiranga, em São Paulo, com 80% do capital alemão e 20% do grupo Monteiro Aranha. Hoje, estão no País, além da Volks, Toyota, Ford, GM, Fiat, Mitsubishi, Peugeot, Citroën, Mercedes-Benz, Renault e também fabricantes nacionais emergentes, como a Marcopolo, Agrale, Randon e outros. Durante todos esses anos, mesmo com crises, as indústrias ainda estão na ativa. Porém, depois de décadas, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, botou a boca no trombone reclamando dos impostos que incidem sobre o setor, pois “o brasileiro paga dois carros e leva um”. Para a Anfavea, “em dólar, o automóvel nacional é um dos mais baratos do mundo”, já que numa comparação de preços e tributos pagos pelos automóveis brasileiros (cerca de 40%) e em outros países são mais baixos: EUA (5%), México (16%), Argentina (20%) e Itália (22%). Com os veículos sendo vendidos, o governo federal, que na época tinha poucas empresas do País, começou a dar garfada nos brasileiros que compravam os carros das montadoras, cobrando um tributo de 40%, quase metade do preço de um veículo. Como os nossos presidentes são gulosos por dinheiro, os 40% continuam até hoje, sendo cobrados desde a década de 50, que é um absurdo. Hoje tem milhares de fábricas pagando tributos, o governo poderia reduzir para 20% os tributos dos veículos, amenizando o dinheiro dos brasileiros na compra de carros. Afinal, quem paga os 40% ao governo são os brasileiros. Por isso, cumprimentamos o presidente da Anfavea, Luiz Moan, que disse em defesa dos brasileiros: “o brasileiro paga dois carros e leva um”. É isso aí, presidente Moan.