02 May 2024

Publicado em Editorial
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O boom imobiliário tomou conta de Santo André, São Bernardo e São Caetano, anos atrás, pela invasão das grandes construtoras da capital. Vieram para o ABC para ganhar dinheiro e inventaram a colocação de quatro prédios onde só havia área para dois prédios e os preços dos terrenos baratos de mais do que os terrenos da capital. As grandes construtoras, praticamente, tomaram conta das áreas disponíveis no ABC. Para faturar mais, os terrenos eram aproveitados na sua totalidade, pois onde cabiam duas torres de nível A, construíram quatro ou cinco torres com mais de 20 andares. Um exemplo disso aconteceu em São Bernardo, na área da antiga Fábrica Tognato. Ainda tem espaço para erguer as torres que faltam no total de 12. O primeiro a ser levantando, nesse local, foi uma torre com 40 andares e as demais são menores. Em Santo André, nas imediações da Prefeitura, uma construtora levantou quatro ou cinco prédios, onde caberiam dois de alto nível. A solução encontrada foi construir uma alameda interna para dar acesso aos quatro prédios. Neles, os donos de apartamento são obrigados a buscar as visitas na portaria comum a todos os prédios. Outras torres, com a utilização de quase todos os espaços, tiveram problemas e sem consideração a individualização de cada prédio, com os estacionamentos comuns a todos os apartamentos das três ou quatro torres. Quer dizer, o congestionamento de veículos começa dentro do prédio de manhã.
Em São Caetano, as construtoras acabaram com os espaços vazios, erguendo prédios e mais prédios. Alguns de péssimo gosto, que não deixaram espaço interno na entrada e a solução foi colocar a porta de entrada encostada à calçada. Mas, o pior de tudo é a falta de consideração das construtoras com os veículos que transitam pelas ruas onde estão sendo erguidas as torres. No dia em que iam encher as lajes de concreto, era um salva quem puder. As betoneiras fechavam quase todos os espaços nas ruas no horário de expediente, deixando uma pequena passagem para um veículo passar numa rua com duas mãos. A situação é a mesma quando as empresas iam entregar materiais usados na construção. O resultado foi que as ruas, em frente às torres, ficavam com os buracos e as construtoras, na entrega dos prédios, jogavam cimento para tapar os buracos, sem nenhum critério, deixando-os remendado. Os veículos, ao passar pelo local, trepidavam como tivesse passando por um buraco.
O que não dá para entender como é que as prefeituras locais aceitaram esses remendos de péssima qualidade feitos pelas construtoras. Pelos menos, deveriam intimar judicialmente as construtoras para melhorar os estragos que fizeram na frente dos prédios construídos. Quer dizer, as construtoras vieram para o ABC somente para ganhar dinheiro e entregar prédios de segunda classe. Até hoje, os remendos de péssima qualidade continuam nas frentes dos prédios. É o fim da picada.

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