Neste domingo (4), os católicos comemoram a festividade religiosa do Domingo de Páscoa ou da Ressurreição de Jesus, ocorrida no terceiro dia  após a sua crucificação no  Calvário, conforme relato do Novo Testamento. Esse Livro Sagrado ensina que a ressurreição de Jesus estabelecendo-o como sendo Filho de Deus, é citada como prova de que Deus irá julgar o mundo com justiça, cuja celebração pela Páscoa é o fundamento da fé cristã. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa da cristandade. A data da Páscoa determina todas as demais das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas no Advento. O Domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, período de quarenta dias de jejum, orações e penitências. O termo Páscoa deriva através do latim – Pascha, e do grego bíblico – Paskha, e do hebraico – Pesach, a Páscoa judaica. A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, que contém o chamado Tríduo Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lavapés que antecedeu também a Sexta-Feira Santa que relembra a crucificação e morte de Jesus. A Páscoa é seguida por um período de cinquenta dias chamado de Época da Páscoa que se estende até o Domingo de Pentecostes. A Páscoa é uma festa com data móvel, o que significa que não é fixa  em relação ao calendário civil. A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica e ao Êxodo, relatado  no Antigo Testamento, através da Última Ceia e a crucificação que precederam a ressurreição. De acordo com o Novo Testamento, Jesus deu  à última ceia, originalmente um jantar  da Páscoa judaica, um novo significado, pois ele preparava a si e a seus discípulos para a morte quando durante a ceia no cenáculo. Ele identificou o pão judaico (matzah) e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria crucificado, e seu sangue, que seria derramado. Uma interpretação do Evangelho de João é que Jesus como cordeiro pascal, foi crucificado, grosso modo, no mesmo horário que os cordeiros estavam sendo sacrificados no Templo. As instruções da Bíblia especificam que ele deveria ser imolado à tardinha, ou seja, no crepúsculo da sexta-feira, e morto, ungido e sepultado. Logo após o nascer do sol no terceiro dia, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, foram ao local do sepultamento e encontraram a pedra da porta já rolada e o túmulo vazio, avisando a Pedro e outros apóstolos. Jesus então já tinha ressuscitado e aparecendo para todos pregando que as profecias se realizaram, marcando a Ressurreição e a Páscoa. Na Itália somente, a segunda-feira seguinte do Domingo de Páscoa, chamada de Pasquetta, é um importante feriado tipicamente italiano que é celebrado com várias comemorações e eventos especiais em todos o país, e o dia fica emendado a partir da sexta-feira santa. Apesar de não ser considerado  um dia festivo pela Igreja Católica, a data é feriado civil. As aulas ficam suspensas a semana toda. Introduzido no país no pós-guerra pelo governo italiano, o feriado prolongado muito esperado é desfrutado em família ou grupo de amigos em reuniões festivas e outras maneiras de divertimentos. Chamada de Lunedi dell’Angelo ou Segunda-feira do Anjo, em referência à aparição do anjo no sepulcro anunciando a ressurreição de Jesus, o feriado comemora também o início da primavera. As famílias saem de casa para fazer piqueniques nos parques, e comemorar a nova estação das flores que chega embelezando tudo. É o momento de começar a aproveitar as horas de sol, organizar reuniões festivas e passeios ao ar livre, tirar as bicicletas da garagem, plantar flores e hortaliças, comer queijos de ovelhas com favas, ves-tir roupas mais leves, fazer uma grande faxina na casa e evitar excessos de calorias, já pensando no verão. Quem prefere ficar em casa aproveita  para curtir a família e, como não poderia deixar de ser, caprichar na preparação de pratos típicos  que não faltam nas mesas dos italianos nesse período. Além da colomba, que todos nós conhecemos, cada região italiana possui suas tradições culinárias, mas em quase todas existe o ritual de preparar tortas doces e salgadas e de cozinhar pratos à base de cordeiro. Porém, neste ano, a Itália, um dos países mais afetados pelo coronavírus, se encontra em rígida posição de restrição sanitária, não sendo permitido o deslocamento em todo o país sem motivo justo, inclusive nas fronteiras. Então, toda a previsão fica para o ano que vem. Feliz Páscoa para todos.