O Cristo Redentor se trata de um grande monumento no estilo art déco que retrata Jesus Cristo, instalado no ponto mais alto do Morro do Corcovado, na floresta do Parque Nacional da Tijuca, no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Um dos maiores símbolos do Cristianismo no país, conhecido no mundo todo, se situa a 709 metros acima do nível do mar, com altura de 30 metros e 38 metros contando com o pedestal, e peso de 1145 toneladas, com vista esplendorosa para a maior parte da cidade. A execução da obra decorreu da ideia de construção de um monumento religioso na cidade, surgiu em 1859 do padre francês Pierre-Marie Boss, para homenagear a Princesa Isabel, Regente do Brasil e filha do Imperador Pedro II, mas que não evoluiu. Na época da assinatura da Lei Áurea, diante da possibilidade da homenagem com uma estátua que a representaria como “A Redentora”, a Princesa Isabel não aceitou o pedido, destacando que a dita homenagem deveria ser feita ao verdadeiro “Redentor dos homens”. A segunda proposta de uma estátua no topo da montanha foi feita em 1920, pelo Círculo Católico do Rio de Janeiro, cujo grupo organizou um evento chamado Semana do Monumento para atrair doações e recolher assinaturas para apoiar a construção da estátua, cujas doações vieram principalmente de católicos brasileiros. O projeto considerado vencedor para a estátua escolhida foi a de Cristo de braços abertos, em forma de cruz. No ano de 1921, o projeto da construção foi adiante com maior evolução pelos católicos, tanto é que foram dadas três opções de local para abrigar o projeto, no Morro do Corcovado, Morro de Santo Antônio e no Pão de Açúcar, tendo sido adotado o primeiro em definitivo, de Heitor da Silva Costa. A construção foi iniciada em 1922 e terminada em 1931, com inúmeras campanhas de arrecadação de fundos para custear a tão monumental obra.
É o segundo maior monumento de Cristo no mundo, ficando somente atrás da Estátua de Cristo Rei na Polônia. Foi construído de concreto armado e pedra sabão, pois esse material foi escolhido por ser resistente à erosão e encontrado em grande abundância no país, e foi cortada em muitos triângulos e aplicados na estátua, cuja altura se assemelha ao tamanho de um edifício de treze andares. A cabeça e as mãos do Cristo foram feitas na França pelo escultor Paulo Landowski Maximilien, com a colaboração de Alberto Caquot. A estátua do Cristo Redentor foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, justamente na data dedicada a Nossa Senhora de Aparecida, que empresta o nome à capela construída ao lado do pedestal. Representa o cristianismo brasileiro, tornando-se um ícone do Rio de Janeiro e do Brasil, fato demonstrado por visitantes, devotos e turistas do mundo todo. Durante a cerimônia de inauguração, a estátua recebeu o cenário de um ambiente de modo a receber os meios de variação e efeitos de luz, por uma bateria de holofotes que acionada remotamente pelo pioneiro do rádio de ondas curtas, o italiano Guglielmo Marconi, que estava a 9.200 quilômetros de distância, em Roma, na Itália, disparou um impulso elétrico para acionar a iluminação, dando um clima espetacular à cena. Foi um acontecimento mundial sem precedentes. Segundo os ítalo-brasileiros, a estátua do Cristo Redentor é o símbolo que abraça os dois povos, o Brasil e a Itália. Na cerimônia de comemoração dos 90 anos do Cristo Redentor, tanto no Brasil quanto na Itália, os fatos evidenciaram a importância do laço histórico e sociocultural entre os povos. Com paz e concórdia as nações unidas de ambos os lados do Atlântico, reeditaram na data memorável em homenagem ao Cristo Redentor, o mais emblemático símbolo brasileiro. Tanto é que, no dia 16 de outubro de 2021, como forma de cortesia pelo feito realizado há 90 anos, como feito em 1931, no Dia da Itália, mas em 2021, a princesa Elettra Marconi Giovanelli, de 91 anos, filha de Marconi, acionou a iluminação do Cristo Redentor diretamente de Roma, como fizera o seu pai, acendendo a estátua brasileira de verde, branco e vermelho, tradicionais cores da bandeira italiana. Em contrapartida, ao mesmo tempo, na Vila Griffone, residência da família Marconi e sede do museu dedicado ao cientista, e a famosa Torre de Pisa, se iluminaram com o verde, amarelo, azul e branco, cores da bandeira brasileira. O encontro também marcou a comemoração do centenário do rádio no Brasil. Um tributo grandioso e inesquecível que demonstra tanto amor por essa relação com o Bel Paese, que é tão amado por todos os brasileiros. Assim, os vínculos e as raízes que unem o povo italiano e o brasileiro são indissolúveis e inseparáveis , como é o Cristo no Rio de Janeiro e o povo carioca, e de qualquer pessoa que visita a Cidade Maravilhosa.