A Estância Turística de Olímpia, conhecida nos tempos como Noiva Sertaneja, Cidade Menina Moça, Terra das Águas Quentes e atualmente com maior ênfase Capital Nacional do Folclore, é localizada no norte do estado, no Vale do Rio Grande, distante 429 quilômetros de São Paulo – Capital. Já teve a época de ouro na agricultura na era do café, destacando-se Geremia Lunardelli, considerado o Rei do Café do Brasil, visto as suas inúmeras propriedades cafeeiras na cidade e considerado o líder dos cafeicultores, tendo exercido o cargo de Prefeito de Olímpia.
Na evolução da agricultura, a região foi transformada na plantação de laranja, para exploração do suco no consumo interno e exportação, principalmente para os Estados Unidos. Restou presente na oportunidade, a larga discussão sobre os cortes dos cafezais para substituição dessa então nova atividade agrícola, a laranja. Em certa época com o intenso frio naquele país, quando os laranjais americanos foram dizimados pela geada, o que ensejou a absurda elevação do preço da caixa de laranja então fixado pelos negociantes e produtores do novo ouro brasileiro.
A região recebeu grande aporte financeiro decorrente da crescente negociação do produto com os numerosos fornecedores, com o elevado preço da caixa padrão das frutas, o que provocou notável fluxo financeiro ao setor com abundância nos negócios. Tudo corria bem, até que no decorrer do tempo os norte-americanos passaram a plantar e produzir as laranjas em vários locais da África, pelo fato do clima ser parecido com o da região, como também a retomada no próprio país.
Sendo que, na primeira safra praticada por eles a disputa desmedida provocou uma redução nos valores marcados por caixa, ensejando um verdadeiro caos financeiro nos orçamentos dos produtores locais, os quais causaram uma quebra nos negócios da laranja. Com tristeza veio a lembrança das laranjeiras carregadas dos frutos, contudo sem a providência da colheita como anteriormente era feito, os produtos murchavam e, sem solução negocial de liberação chegavam ao ponto da podridão, perdendo-se assim toda a carga da produção. Com tal triste realidade, os proprietários rurais modificaram a iniciativa de uso das terras mediante o arrendamento às usinas de álcool, para plantação de cana visando atender essa nova demanda. Assim, os negócios ficaram reduzidos e na espera de novas frentes.
A economia da cidade baseada na agroindústria e comércio, padeceu de novos caminhos para suprir a população. Contudo, com a exploração das águas quentes na cidade há mais de quarenta anos foi atendendo as necessidades negociais e empresariais na área de mão de obra e exploração comercial, com a inauguração do Clube Thermas dos Laranjais e, posteriormente do Hot Beach Resort, o que deu grande impulso na área do turismo. Disso decorreu a abertura de novos estabelecimentos de bares e restaurantes, lojas e boutiques, hoteleiros com mão de obra especializada e assim provocando novos investimentos por grupos financeiros de fora da cidade.
Os quais inovaram na exploração do turismo, bastando reafirmar que a cidade detém a segunda colocação no número de ocupação de quartos em estabelecimentos hoteleiros, conforme se pode notar por simples apuração visual, e anotações das Associações Comerciais. Nesse meio tempo, não se pode olvidar a grande influência na cidade do desenvolvimento das atividades do folclore, relembrando sempre com carinho da figura carismática do Prof. José Sant’Anna, o qual Professor de Português se esmerou nas pesquisas dessa atividade cultural nacional. Então, passou a inovar e buscar na prática da matéria os pormenores da existência do folclore nacional, culminando pela criação de grupos de trabalho constituídos por professores, alunos e pessoas da cidade, visando a amplitude do assunto para montar e aperfeiçoar essas atividades propriamente na cidade.
Foi um sucesso no decorrer do tempo, pois com a criação na cidade do Festival do Folclore, passou a convidar os grupos das cidades a nível nacional para apresentação em todas as atividades, inclusive nos desfiles de encerramento, mas também dos grupos criados na cidade. O Museu do Folclore e também o recinto na Praça de Atividades Folclóricas Prof. José Sant’Anna, local das apresentações se tratam de locais próprios para apreciação.
O objetivo desses escritos é justamente dar conhecimento público aos apreciadores das atividades, pois após dois anos sem a realização dos eventos presenciais, neste ano será possível apreciar um dos maiores e importantes encontros da cultura popular brasileira – o folclore, justamente na 58ª. edição, de seis a quatorze de agosto do corrente ano, celebrando o Jubileu de Dália. Portanto, fica justificada a denominação de Olímpia – Capital Nacional do Folclore. Mas, com a tradicional hospitalidade olimpiense fica aqui o convite aos turistas visitantes, que também poderão desfrutar dos banhos das águas quentes, a coqueluche da cidade.