O resultado das eleições na Itália, no último dia 25 de setembro, com a vitória esmagadora da ultra direita, composta do trio de lideres: Giorgia Meloni do partido Fratelli d’Itália, Matteo Salvini do partido Lega e de Silvio Berlusconi do partido Forza Itália, em reunião para a escolha do cargo de primeiro-ministro, encontrou o consenso, na pessoa de Giorgia Meloni. Nascida em Roma aos quinze de janeiro de 1977, tem 45 anos, jornalista, vive com o companheiro Andrea Giambruno, pai de sua única filha Ginevra
É católica apostólica romana e declara possuir posições políticas conservadoras e cristãs, referenciando o Santo Papa João Paulo II. Tem mandato na Câmara desde 2006. Ficou mais conhecida na área política quando em 2019, num comício em Roma, declarou: “Eu sou Giorgia, sou mulher, sou mãe, sou italiana, sou cristã e adoto o slogan – Deus, Pátria e Família”. Defende forte controle na ilegal imigração, como a da divisa da Itália com a França, em Ventimiglia. Um abuso, o que vem causando desequilíbrio na assistência social, pois a policia francesa com descaso não coíbe a entrada dos imigrantes que ingressam livremente na Itália.
Declara ser contra o direito ao aborto, contra os ativistas da ampliação dos direitos da população LGBTQIA e a reprodução assistida. A indicação de Giorgia Meloni fundadora e presidente do partido conservador nacionalista Fratelli d’Itália, e também presidente do partido Conservador e Reformista Europeu que é um grupo político no Parlamento Europeu, ao qual esse partido italiano se juntou, foi muito bem recebida pela classe política italiana. Foi Ministra da Juventude no quarto governo de Silvio Berlusconi e presidente da Jovem Itália, a seção juvenil de O Povo da Liberdade.
Cumpriu de forma abreviada as finais etapas burocráticas para ocupar o cargo, no 68º governo italiano em 76 anos, sendo o primeiro da ultra direita desde o fim da primeira guerra mundial e pela primeira vez com a participação de uma mulher a exercer tão importante cargo na república italiana, com grande aceitação política e popular. A líder da coalização se reuniu com o Presidente do país, Sérgio Mattarella, recebendo dele a incumbência formal e sem reservas para formação do governo, diferentemente da praxe política quando o futuro líder costuma pedir um prazo para consultas nas indicações dos seus futuros ministros.
Na oportunidade, escolhida primeira-ministra já mostrou a que veio lhe caindo muito bem a iniciativa de, prontamente apresentar ao Presidente Sérgio Mattarella, a lista dos vinte e quatro ministros para compor o gabinete, em tempo dos mais rápidos da história recente da política italiana. Tal situação política favorável decorreu pelo fato da coalização ultradireitista ter conquistado a maioria absoluta na Câmara e Senado do Parlamento Italiano. Tomou posse com os vinte e quatro ministros, no sábado (22), tendo recebido o voto de confiança na Câmara, no dia 25. Foram nomeados, como vices-primeiro-ministro, pela Lega Matteo Salvini, e Antonio Tajani pela Forza Itália, e também comporão o ministério, como Ministro da Infraestrutura e das Relações Exteriores.
O político moderado da Lega, Giancarlo Giorgetti foi nomeado para o Ministério da Economia, cujos desafios serão muitos frente à crise energética na Europa e a alta do custo de vida que atinge a Itália. No acerto político, a primeira-ministra indicou nove ministros do seu partido Fratelli d’Itália, cinco da Lega de Matteo Salvini e cinco da Forza Itália de Silvio Berlusconi, sendo os cinco restantes considerados técnicos. A pasta da Justiça foi destinada a Carlo Nodio, do Fratelli d’Itália, sendo a pasta das Reformas Institucionais para Maria Elisabetta Casellati, ex-presidente do Senado.
Das sete mulheres escolhidas para o ministério, dentre elas Eugenia Boccella para o Ministério da Família, Natalidade e Igualdade de Oportunidades, que comunga com os ideais da primeira-ministra. Os demais se declararam unidos em favor dos anseios e projetos da primeira-ministra. Com o cenário atual da política italiana, a nova primeira-ministra detém todas as condições para alcançar pleno sucesso na nova missão.