03 May 2024


O Museu do Tijolo na Sociedade Cultural  Brasilitália

Publicado em Luiz José M. Salata
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Na quinta (10), foi realizada a inauguração do “Museu do Tijolo”, na sede da Brasilitália, cuja idealização, coleta e origem das peças e levantamento das olarias produtoras, pelo ilustre casal Vicente Carlos D’Angelo e Elexina Neri Medeiros D'Angelo, associados da entidade, ele engenheiro e Membro do Conselho Deliberativo, ela jornalista, que demandaram precioso tempo de persistente trabalho. O acervo engloba algumas peças de tijolos recolhidos nas demolições de antigas construções das famílias que para cá imigraram em épocas antigas e que fazem parte da história da colonização italiana em nossa cidade, e de outras nacionalidades.
O motivo é o de preservação para perpetuação de tão significativo legado que marca a história de São Bernardo. Dentre os exemplares na vitrine instalada na entidade, ao lado das etiquetas explicativas, destacam-se as mais antigas e significativas da história da cidade, assim: - Olaria do alemão Adolfo Lucks – Local: Rua Olavo Gonçalves, esquina com a Jurubatuba – Vila Gonçalves. Foi a primeira Olaria de São Bernardo, registrada e fundada em 1883, funcionando até o ano de 1915. Exemplar doado por Rogério Rocco. - Olaria de Jacob Scopel – Local: próxima à confluência entre a Estrada dos Vianas e a Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo.  Entre as iniciais JS, encontra-se o desenho de uma emblemática âncora em alto relevo. Permaneceu em atividade entre os anos de 1886 e 1918. Encontrado na reforma de uma casa da Rua Municipal, Centro. Em São Bernardo. Olaria não identificada do final do século XIX, ou início do século XX. Tijolo marca SB, encontrado na demolição dos Armarinhos de Santina Battistini, à Rua Marechal Deodoro esquina com Rua Américo Brasiliense.
Existe outro exemplar da casa de Giovanni Breda, que serviu de sede para o “Esporte Clube XX de Setembro”, representante dos imigrantes italianos das colônias e seus descendentes. - Olaria de CESAR MAGNANI. Local: Vila Paulicéia em São Bernardo, fundada em 1936. Os Magnani construíram com esses tijolos a primeira casa que deu origem à Vila Paulicéia. Encontrado por Arsênio Alvite. - AS – Olaria de Abrahão Salotti. Local: Entrada de São Bernardo Velho, s/n, fundada em 1936. Exemplar da casa pertencente ao Sr. Abib Riskalla, na Rua Santa Filomena, Centro, em São Bernardo, onde na década de 1950, a professora Regina Dulce Donadelli mantinha um curso de admissão ao ginásio. -  CFB – Proprietário não identificado. Sob pesquisa. Local de fabricação desconhecido. Exemplar encontrado ao lado de uma garagem de trens da antiga Estrada de Ferro SP Railway, em Paranapiacaba – Santo André. RM – Olaria de Riuchi Matsumoto. Local:  Bairro Cooperativa em  São Bernardo. Ruichi Matsumoto deu início e foi presidente da Cooperativa Agrícola do Mizuho na década de 1930. Por suas ações de benemerência, recebeu da família real japonesa a Medalha de Honra ao Mérito, como fundador da Sociedade de Assistência aos Imigrantes do Japão. Doado por Rogério Rocco. TY – Olaria de TSUKUGI YOSHIKAWA. Local: final de Avenida Rotary na Vila do Tanque, em São Bernardo.  Este exemplar pertenceu à residência da família de Yoshinori Mayeda, quando de sua demolição. Foi construída na década de 1950, na Rua Luiz Bonini. Yoshinori foi conhecido feirante em SBC. Mosaicos de Vidros – Fabricados pela Vidrotil S/A. Local: Rua Alferes Bonilha, em São Bernardo. Fundação em 1947. Produzidos inicialmente sob encomenda, apenas para obras artísticas, os painéis do Teatro de Cultura Artística e do Jornal O Estado de São Paulo, assinados por Di Cavalcanti e o piso e paredes da Casa de Vidro, assinados por Lina Bo Bardi, foram feitos de mosaicos Vidrotil.
Em São Bernardo temos o tapete central da Igreja Matriz com esse material, assinados por Isaías Pessotti, Orlando Setti e Marcelo Battistini, feitos na década de 1950. Merece atenção a empresa Tinari Blocos de Concreto, tradição e qualidade, fundada em 1965, por Nicola Tinari e Vera Tinari, que inovou o modelo de construção com blocos de concreto. O acervo ora integrado na Brasilitália merece aplausos pela iniciativa, com visitas agendadas na sede à Rua Dr. Baeta Neves, nº 232, Vila Baeta Neves, pelo fone: 950559547.

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