27 Apr 2024


D. Pedro II – O Imperador Estadista

Publicado em Luiz José M. Salata
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Prosseguindo, relembrando a vida do jovenzinho D. Pedro II,  Imperador Constitucional do Brasil, na fase de difícil adaptação à espinhosa missão imprópria para a sua idade, pois o seu tutor José Bonifácio de Andrada e Silva foi demitido em dezembro de l.933,pela Regência Trina Permanente, instalada de abril a junho de 1831, composta pelos senadores José Joaquim Carneiro de Campos, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Nesse tempo, o período das Regências foi implantado no país no início de 1831 e até 1840. A Constituição vigente determinava que, nesse caso, até que o príncipe herdeiro alcançasse a maioridade  o país deveria ser governado por regentes.   Assim, surgiu a Regência Trina Provisória, com duração de abril a junho de  l.831, composta pelo senador José Joaquim Carneiro de Campos, senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.A função principal da Regência Provisória foi da realização das eleições para a implantação de uma regência permanente. Foi uma época marcada por desentendimentos e  desencontros políticos e revoltas, com muitos conflitos  decorrentes de disputas de poder e acima de tudo pelos graves problemas sociais que afligiam a população. Tal situação ocorreu pela ausência de um governo pleno capaz de promover a organização das forças políticas e assim amenizar ao menos a grave condição social existente em todas as camadas. O desentendimento político resultante foi das disputas entre três grupos: os restauradores que pleiteavam a volta de D. Pedro I; os exaltados que defendiam a descentralização do poder e a autonomia das províncias; e os moderados que insistiam pela monarquia e o governo centralizado. Assim,  foram eleitos pela Assembleia Geral a Regência Trina Permanente composta pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva,  João Braúlio Muniz, deputado da região norte, e José da Costa Carvalho, juiz e político representante  das regiões sudeste e sul, no período de l.831 a 1.835.  D. Pedro II padeceu muito nesse período, pois  suportava as intrigas palacianas e a instabilidade das disputas políticas, que tiveram forte impacto na  formação de seu caráter. Foi sendo orientado e levado à preparação e  na prática dos estudos, na maior parte do seu tempo, visando justamente estar imbuído e familiarizado com os assuntos do governo imperial, quando plenamente assumisse o trono.Contudo, esse conjunto de obrigações levaram-no a abdicar de momentos de alegria, lazer, convivência com amigos de sua idade, enfim de levar uma vida própria de jovem da época. Acordava muito cedo e destinava todo o dia e parte da noite para os estudos e educação para a formação de valores e lapidação de sua personalidade, adquirindo forte paixão pela leitura e assimilação de outros assuntos e com grande capacidade para acumular amplos conhecimentos.Muito se comentava na corte que, essa preparação seria a preocupação dos gestores para que não se deixasse  envolver pelos atos impulsivos demonstrados e praticados por seu pai, D. Pedro I, de conhecimento  da corte e do público. De maneira madura, apesar da solidão sentida reconheceu a sua posição e necessidade dessa formação, pois envolveu-se em muito para reconhecer a necessidade de assim proceder, pois estava ciente da sua missão.Desse modo, foi crescendo para se tornar um homem forte, com amplo senso de dever e devoção ao seu país. Na sequência, foi implantada a Regência Una  do Padre Diogo Antonio Feijó, em 1935. De gestão desgastante pois era defensor da ordem e da manutenção da aristocracia no poder, mas com muitas revoltas não conseguiu contê-las, renunciando em 1837. Então, foi implantada a Regência Una de Pedro Araújo Lima, com medidas conservadoras, de 1838 e até 1840. Na época D. Pedro II já alcançava 14 anos e era considerado o símbolo vivo da união da pátria, com autoridade maior do que  qualquer regente, iniciando assim um movimento para que assumisse com plenos poderes com a antecipação de sua maioridade.              (Continua)

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