O prefeito interino de Ribeirão Pires e candidato a prefeito, Guto Volpi (PL), em entrevista exclusiva à Folha, revelou, que neste período de dois meses, no qual assumiu o comando da Prefeitura, pôde dar continuidade aos projetos do Plano de Governo de seu pai, Clóvis Volpi (PL), que foi afastado do cargo, em setembro último, e ainda, que foi possível imprimir sua marca pessoal no governo, que é a mesma realizada à frente do comando da Câmara Municipal: agilidade e inovação.

   “Nestes dois meses consegui colocar o ritmo em que gosto de trabalhar. Um ritmo um pouco mais acelerado. Acompanho diuturnamente as obras nas ruas e nos locais de cada atividade que estamos fazendo. Tenho levado os secretários neste ritmo também, para que todos conheçam a cidade nos seus pequenos detalhes, porque, às vezes, só a função administrativa não te dá uma visão geral da cidade e das necessidades das pessoas”, conta.

   Guto garantiu que nada ficou parado em Ribeirão. “Está tudo correndo bem, todos os convênios. A prova disso é a instalação de LED, que era o último convênio que estava para chegar à cidade. Já trocamos mais de 2 mil lâmpadas por LED. Temos um pacote de R$ 150 milhões em investimentos. Só de ruas e asfaltamento, são 80 obras, mas há obras em hospital, UBSs, reformas de unidades escolares, etc. Então, está funcionando tudo muito bem”, afirma.

Campanha

   Em relação à campanha, que teve início no dia 12 de novembro, o candidato revela que tem realizado diversas reuniões, mas que o principal é o ‘corpo a corpo’ com a população. “A campanha teve uma adesão muito grande da sociedade e isso dá uma responsabilidade gigantesca para que a gente, ao assumir o cargo, definitivamente, possa continuar e conquistar mais”, diz.

   O curto período para apresentar as propostas não foi fator impeditivo para Guto. “Fizemos uma bela discussão, foi muito intenso, é uma eleição muito curta, mas conseguimos levar à população as propostas, até porque é um Plano de Governo de continuidade, então tem esta facilidade de levar à população aquilo que está acontecendo e a grande vantagem, de estar com as obras na cidade”, explica. Não houve acréscimos ao Plano de Governo de Clovis Volpi (PL), que foi eleito em 2020, e que já está em execução. “Não vamos inventar nada, só conquistar novos recursos a partir do novo governo, que começa em 2023”, afirma.

   O candidato ainda destaca o papel de seu pai, o ex-prefeito Clovis Volpi (PL), que foi eleito três vezes como prefeito do município, em sua campanha. “Tenho a vantagem de ter um pai apaixonado por política. Ele, aos 74 anos, tem um vigor invejável físico, intelectual, e isso é muito importante para a campanha. Ele coordena a campanha na rua, enquanto a gente investe tempo fora do expediente e aos finais de semana, nas atividades e agendas políticas”, afirma.

   Guto também destaca a importância do alinhamento com o novo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para atrair novos investimentos para a cidade. “Com a entrada de um novo governo, do Tarcísio, onde praticamente troca toda a estrutura do Estado de São Paulo, vamos começar um trabalho intenso de relacionamento para dar um volume maior para Ribeirão Pires nos investimentos do Estado”, garante.

   Para 2023, caso eleito, o candidato pretende dar início à Lei de Zoneamento de Ribeirão. “Vamos identificar e reorganizar toda a cidade através dela, temos o Parque da Juventude, que é uma proposta que vamos trabalhar para implantá-la no próximo ano, que dará ao jovem a política que ele quer, pensada por ele e pra ele”, revela. Guto ainda conta que, para a Segurança Pública, quer, junto ao Governo de São Paulo, avançar na área da Inteligência Artificial, com o Detecta e o sistema Córtex do Ministério da Justiça.

Adversários

   Concorrendo a eleição com outros quatro candidatos a prefeito, Guto vê com “naturalidade” a disputa. “Vejo com naturalidade, cada um está procurando o seu espaço. Só acho ruim que um deles, que esteve acompanhando o governo e elogiou ele até então, até ele sair, tenha feito tantas agressões à família, à minha mãe, neta, filha, é a parte desagradável de um candidato, que procura denegrir imagens para conquistar votos. É o contrário, a campanha deve ser propositiva, deve ir às ruas, falar e dizer o que se pensa para o bem da cidade e de todos”, avalia.