Entrevista

Olavo de Carvalho, escritor, guru e ideólogo bolsonarista, classificou o presidente Jair Bolsonaro como “morbidamente honesto”. Em entrevista à BBC Brasil ele afirmou: “você pode chamá-lo de burro, de mau administrador, mas de ladrão você não vai conseguir”. Olavo ainda avaliou que a culpa pelas dificuldades da atual gestão é do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso: “eles estão apenas interessados em destruir Bolsonaro”.

Influência

A consultoria de dados Quaest que mede o IPD (Índice de Popularidade Digital), desde janeiro de 2019, entre outros, a influência do ex-ministro Sergio Moro e do presidente Jair Bolsonaro, segundo informações de plataformas como Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Google e Wikipédia (com pontuação que varia de 0 a 100), avaliou que o o ex-juiz perdeu mais de 50% da influência alcançada em meio à demissão e às acusações  contra Bolsonaro.

Influência I

Moro disparou no ranking ao deixar o cargo, no dia 24 de abril, atingindo, no dia 28, do mesmo mês, 62,8 pontos, enquanto Bolsonaro registrou 62,8. Porém, na terça (19) de maio, Moro teve pontuação de 26,8, enquanto o presidente obteve 66,2.

Queda

As vendas de veículos novos, neste mês de maio, devem ficar próximas às de abril. Com 55,7 mil unidades comercializadas, foi o menor volume mensal para o setor em 21 anos. O setor automotivo já acumula, até março, dívidas de curto, médio e longo prazos com o sistema financeiro de R$ 37 bilhões. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras necessitam de cerca de R$ 40 bilhões para manter operações nos próximos três meses.

Multa

Segundo a Human Rights Watch, organização internacional não governamental, desde outubro de 2019, as multas por desmatamento ilegal na Amazônia foram suspensas, sob um decreto do presidente Jair Bolsonaro. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta ainda um aumento de 53% na área desmatada na região amazônica, entre outubro de 2019 e abril de 2020, comparado com os alertas no mesmo período de 2019.

Pelos ares

Com a pandemia, muitos endinheirados de outros estados têm buscado socorro médico na Capital, contratando UTI áreas para transferência aos hospitais paulistanos. Segundo informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), as 45 empresas homologadas, de aviões executivos, para realizarem o serviço de UTIs aéreas, registraram crescimento de 50% desde o início da crise. O custo médio de uma operação é de R$ 100 mil, mas o valor pode aumentar, dependendo da distância. Só o hospital Sírio-Libanês teve aumento de 40% de transferências de pacientes fora de São Paulo.

Hackers

Enquanto os números de crimes de rua diminuíram desde o endurecimento da quarentena, os ataques virtuais aumentaram. Entre março e abril, o total de golpes virtuais no Brasil saltou de 14.000 para 105.000, um crescimento de 86,6%, segundo a startup dfndr lab, que monitora os ataques na internet. Só o golpe da clonagem de contas do WhatsApp, no mês de abril, afetou 364 mil brasileiros. Também foi contabilizado um crescimento de 50% no registro de sites falsos, para investidas maliciosas.

Blog

Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelaram que, em 2019, o Banco do Brasil desembolsou R$ 436 milhões em publicidade. Desse total, R$ 119 milhões foram gastos na internet. Segundo o jornal Folha de S. Paulo,o  TCU apura o financiamento de um site bolsonarista. Recentemente, foi retirado do ar publicidade de um blog bolsonarista, que dissemina fake news, o que não teria agradado o vereador Carlos Bolsonaro. Então, o Banco do Brasil voltou a anunciar no blog.

Infectados

Mais de 67% dos municípios brasileiros registraram casos de Covid-19, até quinta (28). O número representa 3.771 dos 5.570 municípios brasileiros. O número de cidades afetadas pelo novo coronavírus era 1.721, há um mês.

Negócios à parte

Os prefeitos do ABC declararam, por meio de vídeos nas redes sociais, indignação ao receberam a informação que a região estaria de fora, primeiramente, da flexibilização da quarentena no Estado, que será iniciada, na segunda (1º) de junho. Orlando Morando, prefeito de São Bernardo, que possui forte ligação política com o governador João Doria, fez jus à expressão “amigos, amigos, negócios à parte”. “O governador é meu amigo, mas separo amigo e aliado do que é melhor para São Bernardo. E não é por ser amigo que vou concordar”.

Autonomia

Paulo Serra, prefeito de Santo André, em tom indignado, declarou, nas redes sociais: “É um grande absurdo. A flexibilização anunciada deixou de fora os critérios científicos. Nunca misturamos políticas na tomada de decisões. Lutamos e vamos continuar lutando pela autonomia, para que devolvam para a nossa cidade e para a nossa região a autonomia na tomada de decisões. Iremos até as últimas consequências”, garantiu.

Sutileza

O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, de maneira mais suave e ponderada, também declarou a não concordância à flexibilização. “Deixamos a nossa respeitosa discordância. Ainda que amparados pelo comitê, há um grande equívoco, trazido a luz, frente a flexibilização anunciada. É uma incoerência junto aos demais 38 municípios da região metropolitana, especialmente os do ABC e, muito especialmente, à São Caetano, onde nossos indicadores são para lá de melhores do que a Capital. Tomaremos medidas, indo as últimas consequências, dentro do respeito do pacto federativo”, anunciou.