Definição
Os pré-candidatos à presidência da República já definiram seus marqueteiros para a campanha. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu para o comando da comunicação, o jornalista Franklin Martins, e ainda negocia a contratação dos publicitários baianos Raul Rebelo ou Sidônio Palmeira. Ciro Gomes (PDT) contratou o marqueteiro João Santana, que foi responsável pelas campanhas de Lula e Dilma Rousseff, ano passado. O governador João Doria é orientado pelo marqueteiro Daniel Braga; Sérgio Moro (Podemos), pelo publicitário Fernando Vieira.

Definição I
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem resistido à ideia de contratar um profissional. Em 2018, Bolsonaro chegou ao Planalto, a partir de uma estratégia de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), com foco nas redes sociais. Para as eleições deste ano, Bolsonaro acredita que isso possa dar certo novamente. Mas, a ala política do governo, não pensa assim. Valdemar Costa Neto (PL), e os ministros Fabio Faria (Comunicações) e Ciro Nogueira (Casa Civil) avaliam ser fundamental a contratação de um marqueteiro, especialmente, para a produção de programas eleitorais, inserções para rádio e TV.

Cobertura
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi criada em 2007 no governo Lula. Durante a campanha de 2018, o então candidato a presidente Jair Bolsonaro prometeu privatizar ou extinguir a EBC. Em 2019, uma portaria da EBC unificou a NBR, que fazia a cobertura oficial do governo, e a TV Brasil. Ainda não há avanços para a privatização da EBC, que custa R$ 88,5 milhões por ano para o governo federal e recebe R$ 222 milhões da Contribuição para o Fomento da Radiofusão Pública. O prejuízo anual chega a R$ 550 milhões, segundo dados da EBC e da Secom.

Comando
Após uma vacância de seis meses, a Corregedoria da Receita Federal poderá ter no comando o auditor-fiscal João José Tafner. Tafner é formado em análise de sistemas e ciências jurídicas. É auditor da Receita desde 2002. Em 2021 foi diretor financeiro na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Também participou de atos da campanha bolsonarista em 2018.

Disputa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem despontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República. Trata-se da sexta vez que o petista disputa como presidenciável. Ainda que o cenário pareça “fácil”, e o PT conte com um fundo eleitoral de mais de R$ 500 milhões, a vitória no primeiro turno pode ser improvável. Lula ainda terá que enfrentar uma rejeição significativa, e não terá o apoio das centrais sindicais que antes, com a contribuição obrigatória, funcionavam como máquinas eleitorais. No período em que oito eleições presidenciais foram realizadas, de 1989 a 2018, apenas em 1994 e 1998 a disputa foi resolvida no primeiro turno, mas em ambas, FHC venceu Lula.

Engolível
O presidente estadual do PT, Luiz Marinho, afirmou ter, ao Estado de S.Paulo, “pessoalmente, ojeriza ao perfil do (Geraldo) Alckmin”, por ser “muito conservador no pensamento” e que o ex-governador paulista tem de “passar a falar diferente” para ser o vice na chapa presidencial de Lula. “Ele tem de se tornar engolível”. No entanto, Marinho reconheceu que Alckmin “é agradável no tato” e pode influenciar a favor do PT os rumos da eleição em São Paulo.

Eleito
O vice-presidente e corregedor regional eleitoral do Tribunal Regional eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Silmar Fernandes, foi eleito presidente do Colégio de Corregedores Eleitorais do Brasil. O magistrado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ocupará o cargo durante o biênio 2022/2023.

Conversa
O prefeito Paulo Serra (PSDB) sempre foi próximo ao ex-governador e fundador do partido, Geraldo Alckmin. Agora, com a crescente movimentação para que o ex-tucano seja vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na campanha ao Planalto nas eleições de outubro, Serra afirmou: “Não é porque ele escolheu outros caminhos que passa a ser um adversário. A proximidade e o respeito ficam. Mantemos conversas, mas muito possivelmente estaremos em projetos diferentes. Vamos buscar o que acreditamos ser o melhor para a cidade”.

Caminho
O deputado federal Alex Manente e líder da bancada do Cidadania na Câmara avalia que mesmo em ano eleitoral, seja possível a votação de “projetos importantes”. A expectativa de Alex é de que a PEC da 2ª instância seja votada, ainda no primeiro semestre. Em relação às eleições, o Cidadania já abriu caminho para federação e negocia com Podemos, PSDB, MDB e PDT. Está marcada para o dia 1º de fevereiro uma nova reunião da Executiva para analisar o andamento das tratativas. À coluna, o parlamentar afirmou que a situação do Cidadania ainda é “difícil falar porque está se decidindo qual o caminho que o partido seguirá com a federação”.

Lista
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), havia anunciado, na live de quinta (20), que iria enviar uma lista com a relação dos estudantes não vacinados contra a Covid-19 ao Ministério Público. A fala gerou “mal estar” entre os bolsonaristas que criticaram o prefeito. O deputado Gil Diniz até prometeu medidas jurídicas contra Morando. Na quinta (27), o prefeito confirmou que irá mesmo enviar a relação dos não vacinados. As aulas da rede municipal voltarão no dia 7 de fevereiro e os pais terão até o dia 25 para apresentarem o comprovante de vacinação dos filhos.

Revés
São Caetano sofreu revés na Justiça. Uma dívida de mais de R$ 120 milhões, oriunda da gestão de Paulo Pinheiro (2013-2016), com a CPTM terá que ser paga. Com a atualização inflacionária, o valor poderá ser reajustado para R$ 150 milhões. O prefeito José Auricchio Jr. (PSDB) aguarda um acordo judicial para o pagamento, pois o prazo concedido pela Justiça, em até 12 vezes, fará com que a cidade perca a sua capacidade de investimento.