26 Apr 2024

Publicado em Editorial
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Estamos na era das comidas saudáveis. Cada vez mais, o brasileiro visa a qualidade de vida, saúde e bem-estar. Com isso, muitos buscam por uma alimentação saudável e mais equilibrada. Segundo uma pesquisa da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), a procura por alimentos mais saudáveis e nutritivos cresceu 32%. A venda de produtos naturais, segundo levantamento da agência Euromonitor Internacional, cresceu cerca de 12% entre 2012 e 2016. Neste período, a venda de orgânicos foi a que mais cresceu, cerca de 18,5%. Em 2016, a indústria de alimentos e bebidas saudáveis faturou R$ 93,6 bilhões, colocando o Brasil em quinto lugar no ranking dos principais países que atuam neste segmento. O aumento na busca por produtos saudáveis fez grandes redes de supermercados investirem bilhões para oferecerem nas lojas prateleiras de produtos orgânicos, integrais, ze-ro, sem glúten, sem lactose ou sem antibióticos. O Carrefour, por exemplo, anunciou que vai investir no “segmento saudável” que faturou R$ 93 bilhões em 2017. Para isso, vai reformar as 103 no Brasil para instalar dentro das lojas, minimercados de produtos saudáveis. Marcas tradicionais também estão mudando o foco de seus investimentos, a Nestlé, por exemplo, adquiriu a Sweet Earth Foods, fabricante de refeições vegetarianas e também comprou a Atrium Innovations, de suplementos dietéticos, por US$ 2,3 bilhões. E não para por aí. Outra preocupação dos supermercados, agora, é garantir o bem-estar animal. O Carrefour, em agosto deste ano, estabeleceu uma meta até 2025, para que todos os ovos da marca Carrefour vendidos nas lojas no Brasil, sejam produzidos por galinhas criadas soltas, não presas em gaiolas. Outras empresas multinacionais como a Nestlé e a Unilever fundaram recentemente a Coalizão Global para o Bem-Estar Animal, para discutirem melhorias da qualidade de vida dos animais em seus processos produtivos. A marca de cosméticos Natura anunciou que parou de fazer testes em animais em 2006 e em 2017, após adquirir a The Body Shop, que nunca fez teste em animais, passou a fazer campanhas públicas para alertar sobre o bem-estar animal. A Unilever, após comprar a Mãe Terra, fabricante de produtos naturais, enfrentou reclamações e protestos dos consumidores que ameaçavam parar de comprar os produtos da marca, pois alegavam que alguns fornecedores da Unilever faziam testes em animais. A empresa foi obrigada a divulgar uma carta pública com explicações. O aumento da preocupação com bem-estar pressiona empresas a mudarem. Assim, o bem-estar ganha espaço em toda a cadeia produtiva, até chegar ao consumidor final.

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