27 Apr 2024


No ABC, caminhões e trânsito

Publicado em Editorial
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O ABC, realmente, mesmo com sete cidades e uma população em torno de 2,8 habitantes, já se tornou área metropolitana e também faz parte da Grande São Paulo. A região nada fica a dever às demais metrópoles brasileiras. Com o crescimento populacional, a região vem enfrentando alguns problemas, sendo o maior deles o congestionamento de veículos nas ruas principais das sete cidades, não só na hora do rush, mas a qualquer hora do dia. No entanto, os sete prefeitos, que deixaram o cargo no final do ano passado, como parte do Consórcio Intermunicipal, não conseguiram melhorar o trânsito em suas cidades. Para isso impuseram restrições aos caminhões, que foram proibidos de circular nos horários de pico. Diante disso, os caminhões, num determinado período não circularam em 28 avenidas da região, num total de quase 40 quilômetros, das 6h30 às 9h e das 16h às 20h. Nos outros horários, os veículos de cargas urbana (VUCs) tiveram o trânsito livre. Essa situação foi imposta pelo Consórcio com apoio dos prefeitos para reduzir os congestionamentos há anos atrás. Na mesma época, o Estadão havia publicado um editorial sobre o assunto, abordando os efeitos da medida sobre a capital no trecho seguinte: "no ABC, onde as vias internas das cidades se transformaram em rotas de fuga para os motoristas dispostos a driblar o pedágio do Trecho Sul do Rodoanel, os cami-nhões foram proibidos de circular num total de quase quarenta quilôme-tros". Mais adiante, uma análise revela que "nos últimos dez anos, a frota da região do ABC cresceu 75%, enquanto o aumento da população beirou os 8%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegando a 1.413 veículos. Destes, 71.951 são caminhões e carretas. Na época, a cidade de São Paulo ultrapassou a marca dos sete milhões de veículos. O mais importante foi a rapidez com que "nos últimos três anos a cidade incorporou um milhão de veículos em sua frota”.
Diariamente, é impressionante o total de carretas que abastecem indústria e comércio locais, que fazem a ligação com o Porto de Santos. Assim, mi-lhares de veículos pesados passam todos os dias pelas principais avenidas do ABC. A imposição do Consórcio sobre o impedimento de caminhões pesados nos horários de pico não durou muito, pois as indústrias locais e o Sindicato de Transporte foram mais fortes em suas posições. Os prefeitos, na ocasião, argumentaram que mais adiante as restrições iriam voltar. Os meses estão passando e agora nenhuma providência foi tomada pelo Consórcio. Nas principais cidades européias e americanas, os caminhões circulam ą noite para entregar material para as empresas, prestadores de serviços e para lojas. Para isso, fica a pergunta: Quando o trânsito no ABC vai melhorar?

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