A pandemia trouxe uma nova realidade ao mercado imobiliário. Hoje, quem quer adquirir um imóvel pode, sem sair casa, ver fotos profissionais, fazer tours virtuais e ainda usar de filtros específicos para encontrar o imóvel ideal. Em alguns casos, é possível ainda fazer vistoria online e assinar contrato de maneira digital. Construtoras e incorporadoras tiveram que se adaptar à nova interface com os clientes. “Aquilo que era apenas uma tendência, virou uma realidade e quem não se reposicionou, ficou para trás”, afirma Marcus Santaguita (foto), diretor da Jacy. A construtora já possuía um canal de atendimento online ao cliente, que representava 10% das vendas.

Com a pandemia e a mudança de hábito dos clientes, foi triplicado a capacidade de atendimento e, atualmente, 60% das vendas começam de forma online. “Esse tipo de atendimento requer uma resposta rápida e uma gestão eficiente de leads para que consiga atender aos anseios e expectativas dos clientes”, afirma Santaguita. A Jacy também reformou o site, possibilitando o acesso por dispositivos móveis, criou tours virtuais que possibilita os clientes visitarem o decorado sem sair de casa e implantou um sistema de assinatura digital de contratos.

A MBigucci apostou em lives e apresentações remotas (inclusive de obras). Por meio de vídeos explicativos feitos com drone, os clientes têm acesso a todas as informações dos imóveis. “Apoiamos todos os nossos corretores de imóveis e colaboradores com ferramentas para que continuassem fazendo o seu trabalho agregando o formato de atendimento digital, sem perda de produtividade. Podemos dizer que aumentamos em cerca de 100% o valor investido em ações digitais”, conta Bruno Lessa, especialista de Marketing Digital da MBigucci. A construtora oferece ainda o programa de personalização chamado My Home, onde o cliente compra um apartamento na planta e pode escolher os acabamentos de sua preferência, entre dezenas de itens e combinações. Com o boom digital no mercado imobilário, cresceu também, as fintechs vinculadas ao setor. De acordo com a quinta edição do Mapa das Construtechs e Proptechs, lançado pela Terracotta Ventures, em abril deste ano, o número de startups de tecnologias voltadas aos setores de construção e mercado imobiliário cresceu 19,5% em comparação a 2020 e 235% em relação ao primeiro mapeamento em 2017. Para Bruno Lessa, da MBigucci, o crescimento das fintechs é importante, pois ajudam a viabilizar o processo de concessão de crédito, tendo em vista que a maior parte das compras de imóveis são feitas através de financiamento.

Na segunda quinzena de novembro próximo, serão realizadas as eleições das subseções da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em datas a serem definidas. As campanhas terão início após a publicação do edital, que ocorre 45 dias antes da antes da votação.

A eleição ocorre a cada três anos e define a nova diretoria, composta por presidente, vice-presidente, secretário-geral e tesoureiro. Podem se candidatar advogados com situação regular junto à OAB, que não ocupam cargo exonerável, que não tenham sido condenados por infração disciplinar, salvo reabilitação, e que exerçam efetivamente a profissão há mais de cinco anos. A votação deverá ser presencial, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.

Em São Paulo, o presidente Caio Augusto Silva dos Santos (foto), deve tentar a reeleição. São 350 mil advogados. Será eleita uma chapa que inclui presidente, vice e tesoureiro, além de conselheiros estaduais efetivos e suplentes e seis conselheiros federais. A partir da eleição indireta dos conselheiros federais da OAB dos 27 estados e no Distrito Federal, será escolhido o novo presidente nacional da entidade, que tomará posse em 2022.

Em São Caetano, o atual presidente João Paulo Borges Chagas, que foi eleito com 921 votos em 2018, revelou à Folha, que é pré-candidato à reeleição. “A eleição em São Caetano está prevista para ocorrer no dia 25 de novembro. O voto é obrigatório e podem votar todos os advogados adimplentes de São Caetano”, explica. No município, há cerca de 2 mil advogados. Nas eleições de 2018, 1,5 mil advogados estiveram aptos a votar. Por enquanto, ainda não foi definido quais serão os demais pré-candidatos.

Em Santo André, a situação deverá ser definida nos próximos dias. A atual presidente Andrea Tartucce poderá se candidatar a reeleição, porém, não está descartado que seu vice, Leonardo Dominiqueli Pereira, também entre na disputa pela presidência. Caso isso aconteça, segundo informações dos bastidores, uma terceira via poderá ganhar a preferência de grande parte dos 7 mil advogados inscritos no município.

Em São Bernardo, o presidente Luiz Ribeiro Oliveira Nascimento Costa Junior, ainda não confirmou a sua intenção em disputar a re-eleição. “Nossa posição é continuar trabalhando pela gestão e entendo que ainda é cedo para falarmos em busca da reeleição, pois temos seis meses de mandato. Estou ouvindo o grupo e há diversos posicionamentos que devemos buscar a reeleição pelo trabalho que estamos desenvolvendo, e por termos tido as dificuldades que a pandemia apresentou a todos os gestores, o que acabou por impedir o êxito total de nossa gestão. Se a Advocacia de São Bernardo entender que devemos ir para a reeleição em decorrência da pandemia e pelo trabalho que estamos desenvolvendo, com certeza será uma honra sair candidato novamente”, revelou à Folha. Além de Luiz Ribeiro, há outros advogados pré-candidatos, até o momento. São eles: a advogada Carmela Dell’isola, que é vice de Luiz Ribeiro no atual mandato; Winallan Junio Lopes e Luiz Bertanha. “Estou pré-candidata à presidência da OABSBC porque tenho a felicidade de ter um grupo que confia em mim para representar e servir a advocacia de São Bernardo”, revelou Carmela.