28 Apr 2024

Tipo de câncer que mais mata no mundo pode ter sua letalidade anual aumentada de 1.8 milhão para 3.01 milhões nas próximas duas décadas. O maior fator de risco para câncer de pulmão é o tabagismo. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao consumo do tabaco. Portanto, muitas das mortes por câncer de pulmão são evitáveis, alertam especialistas

Estamos no Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, doença que ocupa o posto de doença oncológica de maior mortalidade no mundo. Só no ano passado, foram registradas 1.794.144 mortes por câncer de pulmão, segundo o levantamento Globocan 2020, realizado pelo IARC, braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). E se nada for feito, esse número pode alcançar 3,01 milhões em 2040, um aumento de 66,7 % no número de mortes, de acordo com a projeção do mesmo estudo.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registradas cerca de 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão e são esperados para 2021 um total de 30.200 casos (17.760 em homens e 12.440 em mulheres). “Se considerarmos que esse tipo de câncer está fortemente relacionado ao tabagismo, responsável pelo desenvolvimento de 85% dos tumores malignos do pulmão, ou seja, uma causa evitável, a realização de campanhas de conscientização como o Agosto Branco são de extrema relevância no combate à doença”, afirma o cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Alexandre Ferreira Oliveira.

O médico patologista e diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Felipe D´Almeida Costa, explica que o câncer de pulmão é resultado de mutações que levam à doença em longo prazo, por danos causados por fatores de risco, com ênfase para o tabagismo e o etilismo. "Se todas as pessoas no mundo largarem o cigarro hoje, 8 entre 10 casos de câncer de pulmão deixariam de existir nos próximos anos”, diz. Assim, não por acaso, a epidemia de tabagismo é considerada uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, segundo alerta da OMS, em documento que avaliou o impacto global do cigarro, narguilé e outros formas de consumo de tabaco e concluiu que todas as formas de consumo de tabaco são prejudiciais à saúde.

Diagnóstico tardio – Um dos fatores que torna o câncer de pulmão ainda mais grave é o diagnóstico tardio, situação que ocorre em 75% dos casos. Entre os motivos elencados pelos especialistas da SBP e SBCO está o fato de que, muitas vezes, o fumante naturaliza os sintomas de tosse, pigarro e secreção, associando-os ao ato de fumar e negligência a possível evolução de um tumor. Outra situação que leva ao diagnóstico tardio é que quando um pulmão está afetado pelo tumor, o outro mantém a pessoa viva. Assim, mesmo com um pulmão já comprometido pela doença, a pessoa demora a procurar um médico, atrasando ainda mais o diagnóstico.

É uma situação muito grave porque as chances de sucesso no tratamento aumentam quando a doença é diagnosticada em fase inicial. De acordo com o levantamento SEERs, da American Cancer Society, quando a doença é descoberta ainda restrita ao pulmão a chance é de 59,8% do paciente estar vivo após cinco anos. A taxa de sobrevida em cinco anos cai para 32,9% quando a doença se espalhou para os linfonodos e, quando há metástase, a taxa é de 6,3%.

O câncer de pulmão acomete principalmente pessoas com mais de 65 anos. Porém, a doença pode acometer mais jovens, inclusive, com menos de 45 anos. De acordo com a American Cancer Society, a idade média das pessoas quando diagnosticadas é de cerca de 70 anos.

Evolução do tratamento – Paralelamente ao cenário de diagnóstico tardio e mortalidade, o câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas que mais mostra evidências de se beneficiar de terapias-alvo e de imunoterapias, tratamentos da era da Medicina de Precisão. Ao contrário do início do milênio, quando todo tumor pulmonar era tratado com quimioterapia, hoje os pacientes, antes de iniciar o tratamento, podem receber a indicação de teste de mutação em EGFR, BRAF, ROS-1, KRAS, fusão EML4-ALK, rearranjo em NTRK, dentre outras alterações genéticas para as quais há medicamentos com eficácia comprovada para perfis de pacientes com câncer de pulmão avançado.

Esse arsenal reflete em mais tempo e qualidade de vida para o paciente. Comparativamente, se em 2020, com tratamento restrito à quimioterapia, os pacientes com câncer de pulmão agressivo e metastático tinham sobrevida média de 12 meses, as terapias-alvo e, mais recentemente, as imunoterapias, permitem que os pacientes com câncer de pulmão, que têm indicação e acesso à esta terapia-alvo, tenham média de até 90 meses de sobrevida e com menor toxidade. Por essa razão, o acesso dos pacientes à terapia alvo é essencial. Isso porque a cirurgia não é a opção de escolha para o câncer de pulmão que é diagnosticado em fase avançada (o que representa 75% dos casos).

Combate ao tabagismo – Além do Agosto Branco, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no mesmo mês, dia 29. Importante reforçar que começar a fumar nunca é uma boa decisão. E, para os que fumam, que parar de fumar o quanto antes é o melhor que se pode fazer para diminuir o risco de câncer de pulmão e outras doenças oncológicas.

O caminho que a fumaça do cigarro percorre no corpo humano é devastador. O cigarro contém, entre outras substâncias prejudiciais, a nicotina, o alcatrão e um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas. O tabagismo aumenta o risco de vários tipos de câncer, além do de pulmão. São eles: cabeça e pescoço, bexiga, esôfago, estomago, pâncreas, intestino grosso e reto. O tabagismo também está ligado ao aumento de risco de alguns cânceres ginecológicos e leucemia.

Quatro anos. Esse é o número mágico que separa uma Olimpíada da outra. E é também o tempo de carreira de um jovem paratleta paranaense que descobriu na natação uma nova razão para viver e que tem, nos próximos três anos - afinal, a covid-19 mudou até isso -, o foco na busca por uma vaga na Paralimpíada de 2024. Em meio à pandemia do coronavírus que afetou milhões de atletas em todo o mundo, o nadador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), competidor da classe S9 (deficiência físico-motora), João Lucas Bezerra, foi o único paratleta da América Latina a competir na Europa, em 2020.

O paranaense, de 21 anos, participou da etapa de Berlim, na Alemanha, competindo no Circuito Mundial de Natação Paralímpica, o World Series, nas finais B dos 50m livre, dos 400m livre e dos 100m costas. No World Series, o jovem conquistou a medalha de bronze e ainda atingiu a marca de 29 segundos e 66 centésimos – a melhor de sua carreira nos 50m. Na competição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não enviou a delegação, mas teve João representando o Brasil, entre os cerca de 400 nadadores de 11 países que estiveram na capital alemã.

Recomeços

A tão sonhada participação nas Paralimpíadas, no entanto, ficou para 2024. A pandemia do novo coronavírus impactou as rotinas e chegou a causar o cancelamento de algumas disputas que poderiam garantir participação ainda em Tóquio. Agora então é hora de recomeçar com foco em Paris. Mas recomeços não são novidade para João. Em novembro de 2015, o jovem, na época com 15 anos, voltava para casa com amigos por uma rodovia, em Rio Branco do Sul, no Paraná. O carro deu problema e, quando João desceu para verificar, foi violentamente atropelado por um motorista alcoolizado, que fugiu do local sem prestar socorro.

Esse é o momento em que João começou uma nova etapa em sua vida, depois de ser encaminhado ao Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), do Grupo Marista. Foram sete dias em coma, 24 dias internado, seis cirurgias ortopédicas e uma cirurgia plástica. No processo de tratamento, teve uma de suas pernas amputadas. O que poderia ter sido um impeditivo para o crescimento e desenvolvimento de um adolescente, se transformou em sua nova realidade e profissão.

O jovem conta que foi a equipe médica do hospital que o ajudou a compreender o que havia acontecido e vislumbrar novos passos e possibilidades para o futuro. “A equipe de psicólogos sempre esteve comigo, me confortando e, principalmente, mostrando que esse não era o final da minha vida, mas apenas o começo. Quando acordei do coma, percebi que estava sem uma perna e foi preciso um forte trabalho psicológico para me acalmar e visualizar um futuro”, relembra o paratleta. Pela complexidade do caso, a equipe de profissionais de saúde que esteve presente no atendimento e nos processos de recuperação de João foi grande, com enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e médicos. “Foram os profissionais do Hospital Cajuru que me fizeram estar onde estou hoje, como atleta. Eles me deram os dois livros que li durante o tratamento e que me fizeram perceber e abrir minha mente para acreditar que tudo era possível”, conta.

Ao relembrar da história de João Bezerra, o gerente médico do hospital SUS de Curitiba, José Augusto Ribas Fortes, se emociona. “Temos uma gratidão muito grande em saber que contribuímos nesse recomeço. O nosso papel é exatamente esse, salvar vidas”, comenta. A imprudência no trânsito e, consequentemente, os acidentes que ocorrem trazem dados alarmantes. Em 2020, por exemplo, oitenta pessoas morreram por dia em consequência de acidentes no trânsito em todo o país, segundo dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS). João é um sobrevivente que viu no esporte a força necessária para a superação.

Conquistas

Integrante da equipe de natação paralímpica da PUCPR, que, assim como o Hospital Cajuru, também faz parte do Grupo Marista, João traz em sua carreira títulos como os de campeão paranaense nos 50m livre, 100m livre e 100m costas, todos em 2017. Já no ano seguinte, conquistou cinco medalhas em sua primeira participação no circuito brasileiro, além do World Series São Paulo/Circuito Internacional, em que conquistou bronze nos 100m peito e 2º lugar na final B. Em 2019, participou quatro vezes do circuito brasileiro e alcançou três medalhas de bronze nos 100m costas, além de ficar em 4º lugar na classificação final do brasileiro. No saldo de 2020, foram três participações em competições e três medalhas conquistadas.

A história do paratleta João Bezerra é um exemplo de que o atendimento humanizado, a proximidade e a excelência médica fazem diferença e impactam na vida das pessoas, a ponto de mudar realidades em áreas como o esporte. “Entender que a forma como tratamos cada pessoa pode mudar rumos é fundamental. Ainda mais quando estamos falando de dar um novo sentido à vida de alguém que sofreu um acidente com sequelas no corpo e na mente tão impactantes”, afirma o diretor-geral da área de saúde do Grupo Marista, Álvaro Quintas. “Saúde psicológica, física, proximidade, fisioterapia e práticas de treinos constantes estão conectados no esporte paralímpico. E, para nós, cuidar da vida das pessoas faz parte de uma missão como grupo e como seres humanos. Nosso principal objetivo é fazer a diferença para aqueles que estão ao nosso lado”, finaliza. A vida de João seguiu um novo caminho e uma nova história que está sendo construída com muitas medalhas de superação.

O breaking, dança que será uma das novidades nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, é uma atração da Casa do Hip Hop, em Diadema, o templo sagrado da agora modalidade esportiva no Brasil.

Embora o breaking seja bastante disseminado em eventos ligados à chamada cultura de rua, o anúncio do Comitê Olímpico automaticamente transformou os seus muitos adeptos por aqui em potenciais medalhistas olímpicos. Isso porque a ligação da cidade com esse tipo de dança vai muito além da visibilidade proporcionada pela Casa do Hip Hop – além claro, de ser o local onde Nelson Triunfo começou a fazer história.

Diadema tem se destacado também por oferecer aulas gratuitas breaking por meio das oficinas culturais realizadas pela Prefeitura. Foi a partir desse trabalho que uma geração inteira de novos bboys e bgirls (como são chamados os dançarinos e dançarinas de breaking) começou a despontar nacional e internacionalmente. Muitos, inclusive, fazendo dessa arte a sua profissão – como é o caso do premiado HP Klinger Anakleto.

Atualmente, em função da pandemia, as aulas ainda estão sendo oferecidas apenas de maneira virtual. Mesmo assim, cerca de 200 pessoas de várias idades já estão participando das oficinas ministradas por professores renomados. “Não tem como falar do breaking no Brasil sem falar de Diadema de da Casa do Hip Hop. Foi aqui, lá nos 1990, que a dança começou a ganhar destaque pelas mãos (e pés) de Nelson Triunfo e outros grandes dessa cultura. Nossa cidade foi uma das primeiras a oferecer oficinas do tipo e isso e explica o enorme interesse da população mesmo com as aulas ministradas virtualmente”, avalia Reinado Leiva, chefe do serviço de Formação da Secretaria de Cultura.

Futuro olímpico

A inclusão do breaking como modalidade olímpica foi recebida com entusiasmo pelos seus praticantes em Diadema. Um deles é Biel, de 22 anos, cria da Casa do Hip Hop e bboy desde os 12.  Dá pra dizer, sem medo de errar, que ele é oriundo da quarta geração de dançarinos da cidade e já considerado uma das apostas do breaking para representar o país na maior competição esportiva do planeta – e, quem sabe, trazer o ouro para cá.

“Daqui de Diadema saiu algumas das principais crews (grupo de bboys) do país e também uma das primeiras a ser campeã mundial (a Funk Fuckers). Não tenho dúvida de que muita gente da cidade estará pronta para disputar uma vaga na Olimpíada e quem sabe até trazer uma medalha para o país”, avalia Biel.

O secretário de Cultura de Diadema, Deivid Couto, concorda: “A Casa do Hip Hop já forjou campeões mundiais e Diadema é a terra de grande nomes da modalidade. É natural que a gente crie uma expectativa muito grande de representar o Brasil em Paris em 2024”.

Onde fazer

As inscrições estão abertas desde o dia 27 de julho e não têm data para acabar. Elas serão realizadas de forma digital por meio do preenchimento completo do presente formulário eletrônico no site: https://tinyurl.com/OficinasDiadema2021

Por enquanto, todas as aulas são apenas virtuais. Assim que a pandemia permitir, elas voltarão ao modo presencial.

A partir de segunda (23) de agosto, estudantes interessados em concorrer ao Auxílio Transporte Escolar já poderão fazer sua inscrição. O período de inscrições vai até o dia 29 de agosto, exclusivamente pelo Portal da Educação, com acesso pelo link http://inscricoes.saocaetanodosul.sp.gov.br/apoiobolsa.php.

O programa consiste no pagamento de um auxílio destinado ao custeio do transporte escolar para o deslocamento entre o local da residência e a escola frequentada pelo aluno. O pagamento do benefício se dará mensalmente e a quantidade de parcelas será definida levando-se em consideração a disponibilidade orçamentária e o número de alunos contemplados.

BENEFICIADOS

Para ser beneficiado pelo programa é necessário atender aos seguintes critérios:

  • Ser morador de São Caetano há, no mínimo, dois anos e em local distante a, no mínimo, 700 metros da escola em que está matriculado, sendo que a distância entre os pontos será calculada pelo menor trajeto realizado a pé, utilizando-se do georreferenciamento;
  • Estar matriculado na rede pública de Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) ou em qualquer série, ano ou equivalência da Educação Básica da Fundação Municipal Anne Sullivan e das escolas de Educação Especial conveniadas com a Prefeitura de São Caetano;
  • Não possuir recursos suficientes para custear o transporte escolar e ter renda familiar bruta mensal inferior ou igual a quatro salários mínimos;
  • Utilizar transporte escolar credenciado e autorizado por São Caetano.

INSCRIÇÕES

Para se inscrever, entre segunda (23) e domingo (29), o primeiro passo é entrar no link: http://inscricoes.saocaetanodosul.sp.gov.br/apoiobolsa.php e preencher o formulário online 

Ao finalizar o preenchimento do formulário, os pais ou representante legal serão automaticamente encaminhados para o portal de envio da documentação onde deverá ser enviada a documentação digitalizada. A página de envio da documentação ficará acessível até o final das inscrições, para que, caso seja necessário, os pais ou representante legal possam alterar ou incluir documentos.  Após o prazo final das inscrições, todos os inscritos receberão e-mail até o dia 10 de setembro confirmando o protocolo de inscrição e o envio da documentação.

RESULTADO

A lista final dos beneficiados será publicada no Portal da Educação, até o dia 30 de setembro. Em caso de indeferimento, o participante do processo seletivo poderá dirigir recurso à Secretaria Municipal de Educação em até sete dias úteis por intermédio do e-mail graduar@sãocaetanodosul.sp.gov.br.

A Prefeitura de São Bernardo, em parceria com o Instituto Triângulo, acaba de lançar o projeto “Embaixadores Eco Óleo”. O objetivo é estimular as pessoas a realizar o descarte correto de óleo de cozinha usado e gorduras residuais nas residências e ainda mobilizar o seu entorno – familiares, amigos e vizinhos – para ampliar a arrecadação.

Para entender o formato e se tornar um embaixador, os interessados deverão se inscrever em um minicurso, de 20 a 30 de agosto, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal. As inscrições podem ser feitas neste link:  https://cutt.ly/zQyB1GA.

Os inscritos receberão o e-mail com o link de acesso ao curso em 1º de setembro. A carga horária é de três horas. Entre os conteúdos a serem desenvolvidos estão a apresentação do programa Eco Óleo e orientações sobre como as pessoas poderão aderir ao projeto Embaixadores Eco Óleo.

“São Bernardo é a cidade que mais arrecadou óleo usado no mundo, sendo certificado pelo Guinness World Record. Temos a obrigação de proteger o Meio Ambiente e a Represa Billings. A evolução para um novo estágio da campanha, iniciando a adesão dos munícipes, demonstra que a cidade teve êxito em consolidar esta política ambiental”, afirmou o prefeito Orlando Morando.

Para o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, José Carlos Gobbis Pagliuca, a questão ambiental está cada vez mais presente. “Todos os setores da sociedade devem se engajar e contribuir socioambientalmente de modo a reduzir os impactos na natureza”, disse.

Menos gastos com água e luz, diárias, passagens e deslocamento de servidores. O trabalho remoto adotado na Administração Pública Federal durante a crise sanitária trouxe uma economia de R$ 1,419 bilhão aos cofres públicos, entre março de 2020 e junho de 2021.

De acordo com levantamento do Ministério da Economia, as maiores reduções de custos foram registradas na compra de passagens e despesas com locomoção de pessoal (R$ 512,6 milhões), diárias (R$ 450,2 milhões) e serviços de energia elétrica (R$ 392,9 milhões). “Esses valores podem ser utilizados pelos órgãos para o desenvolvimento de outras atividades, de modo a atender as demandas dos cidadãos", ressaltou o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Leonardo Sultani.

Cerca de 190 mil servidores estão trabalhando, atualmente, de forma remota. O número representa aproximadamente 32% do total de servidores ativos do Governo Federal. Os investimentos em tecnologia vão permitir que o teletrabalho continue em algumas áreas, mesmo com o fim das restrições impostas pelo coronavírus.

“Nós desenvolvemos, no segundo semestre de 2020, um programa de gestão que vai permitir que servidores continuem atuando de forma remota, de forma que consigamos realizar uma avaliação desses serviços com base no resultado alcançado pelos servidores”, afirmou o secretário.

De acordo com o Ministério da Economia, o Programa de Gestão aumenta a produtividade e a qualidade das entregas e reduz as despesas como água, esgoto e energia elétrica. A iniciativa também representa uma mudança de cultura ao substituir controle de frequência por controle de produtividade, o que contribui para aprimorar a qualidade do serviço público.

Experiência

Entre os órgãos que adotam o teletrabalho em algumas áreas, está o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O servidor Jeferson Luiz Mendes da Silva, lotado na Superintendência do órgão em São Paulo, foi um dos que passaram a trabalhar em casa.

Para ele, a maior adaptação foi disciplinar o horário de trabalho. “O teletrabalho trouxe uma grande vantagem que é o fato de a gente fazer atividades intelectuais, atividades que demandam um pouco mais de concentração, sem interrupção”, explicou. Para ele, a opção do trabalho remoto integrado com serviços online para os cidadãos, traz benefício a todos. "À medida que a gente oferece mais serviço de forma remota, o cidadão aparece menos nas agências, ele continua sendo atendido e o servidor também comparece menos à agência porque tem menos pessoas presencialmente”, concluiu.

Gov.br

E não foram só os servidores beneficiados com as ferramentas digitais implementadas na Administração Pública. Os investimentos facilitaram também a vida dos cidadãos. Já são mais de três mil serviços ofertados na plataforma gov.br, entre eles a solicitação de passaporte, serviços do INSS, acesso ao Certificado Internacional de Vacinação ou à Carteira Digital de Trânsito. O gov.br já conta com mais de 100 milhões de pessoas cadastradas.

“A partir de março de 2020, a Administração Pública Federal teve que se adaptar a essa nova realidade, de modo a continuar com a prestação de serviços adequados aos cidadãos. Isso fez com que tivéssemos que realizar uma série de investimentos, principalmente em tecnologia. E são investimentos que vão ficar na Administração Pública, a partir de agora, como uma nova forma de prestação de serviços”, disse Sultani.


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