28 Apr 2024


História de violência contra a mulher

Publicado em TITO COSTA
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O drama da história de Maria da Penha foi traduzido em peça teatral de autoria de Consuelo de Castro, em exibição no Sesc Ipiranga, em São Paulo. Existe hoje uma lei de nome "Maria da Penha" nascida de uma  situação verdadeira e, por todos os títulos, lamentável: as agressões contra ela Maria da Penha, por seu marido, de que resultou sua permanência em cadeira de rodas, depois de um  relacionamento abusivo e violento, por 23 anos. Símbolo de determinação, a farmacêutica cearense é tema de uma página de lembrança permanente e obrigatória quando se fala em violência e, ao mesmo tempo, em proteção da mulher, casada ou solteira. Instituída em  2006  a Lei  (recente, porém) é um verdadeiro  testemunho  legal de proteção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Escrita pela saudosa Consuelo de Castro a peça teatral está sendo apresentada com merecido sucesso ao público paulista e brasileiro, eis que trata de um caso concreto de desrespeito à companheira, tratada aqui como simples  objeto. Assim é "Uma Lei Chamada Mulher", narrativa que nos exibe verdadeiro drama familiar centrado na figura de uma espécie de "mártir" de um truculento marido, submetida a dois atentados domésticos ficando paraplégica a partir do primeiro. A história de Maria da Penha com a dramaticidade  natural de fato concreto e a revolta que provoca talvez esteja servindo de exemplo para tantos casais desajustados. Mas que não precisam chegar ao extremo  de uma  animalesca relação de descompasso no seu relacionamento diário e permanente, especialmente partindo do marido, o "macho" que se imagina senhor absoluto  da situação. Como diz o folheto do Sesc sobre a peça é a partir  de distintos matizes de violência que se poderá atingir o  máximo de animalidade até alcançar seu último estágio no feminicídio. Até porque, "a partir da metade do  século XX, a intensificação  da luta de mulheres demonstrou  que  tanto as leis como as maneiras de nos relacionarmos e estarmos em sociedade não são - e nem devem ser - estanques", diz o folheto  distribuído que acompanha o texto sobre a peça. E um comentarista completa: "O fato de o homem ser agressivo e violento imprime uma imagem de que é impotente  em vários sentidos, por isso  não lhe desperta compaixão o homem violento, mas sim a sua condição".
Nessa história verdadeira de violência doméstica que a peça destaca, duas cenas de tentativa de homicídio estão presentes, não fosse a resistência de três mulheres, funcionárias da casa de Maria da Penha que a ajudaram a criar verdadeira célula para enfrentar a brutalidade de um marido doentio  ameaçado de perder a virilidade. Uma ameaça que torna o  homem uma besta--fera capaz de todas as covardias para iludir e, mesmo disfarçar sua vergonha frente à impotência.

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