A Vans lança a segunda coleção-cápsula concebida no Brasil, desta vez assinada pelo skatista profissional Ricardo “Dexter” Fernandes. A coleção é composta pelo Slip-On Pro, uma camiseta raglan e uma manga curta que trazem o verdadeiro Do-It-Yourself (DIY) do skatista. Dexter esteve, na quarta (5), na Ratus Skateshop, em Santo André, para sessão de autógrafos e nos concedeu entrevista.

Folha do ABC - Como surgiu a ideia de lançar o colorway Ricardo Dexter?

Ricardo Dexter - A ideia surgiu com o Danilo do Rosário, que lançou junto com a Vans, o primeiro colorway no Brasil. Na sequencia, já veio a ideia de lançar o meu. Quando estava lançando o do Danilo, eu já sabia que o meu viria logo na sequência.

Folha - Como foi decidido o modelo? O que ele tem de diferente?

Dexter - O modelo é o que sempre usei, que já estou acostumado. Apenas acrescentamos algumas coisas. Porque, um colorway não se pode modificar muito o tênis, só acrescentar elementos. Colocamos o meu nome em cima, o “ollie patch” nas laterais e os elementos da palmilha, que traz desenhos inspirados nas minhas tatuagens, elementos da rua e coisas de construção.

Folha - Como começou a andar de skate e o que ele representa pra você neste momento da sua carreira?

Dexter - Comecei a andar com 8 anos. Agora tenho 29. Iniciei por influência do pai principalmente e dos meus tios. Meu pai foi a primeira geração de skate no Brasil, ele me influenciou muito e sempre me dava material e toda estrutura que precisei para andar. Nunca andei de skate por causa de patrocínio ou de dinheiro. Sempre andei por ser divertido, um brinquedo. Até hoje, levo por esse lado. Lógico, atualmente, tenho vários compromissos, ganho dinheiro andando de skate, mas nunca andei para ganhar dinheiro, ando para me divertir.

Folha - Você é protagonista, junto com o engenheiro Caio Peres, da PUG Skateparks, do programa intitulado “Pedreirage”, feito em parceria da Vans com a Black Media. Como surgiu a ideia do programa? E como é feito o roteiro?

Dexter - O Pedreirage faz parte também da campanha do tênis. Consegui fechar que a Vans fizesse esse programa para veicular meu nome com a construção de obstáculos, acabou a campanha e vamos continuar com o programa. Não tem roteiro, não queria ficar veiculado como youtuber, geralmente a galera que mostra um canal de skate não é skatista. Quando veio a ideia do programa, quis fazer do meio jeito.