Quinta Avenida

Jane Monheit – uma linda voz

Nascida em 1978 em LongIsland-New York, a canora de jazz e “standards” Jane Monheit, foi escolhida pela Associação Mundial de Críticos de Jazz como a melhor intérprete de 2001. Um ótimo impulso para a iniciante que, aos 17 anos, havia estudado canto na Manhattan School Of Music e, em 1998, ao se apresentar no concurso da Thelonius Monk International Jazz em Washington D.C. conseguiu o segundo lugar e o prêmio de US$ 10.000. O primeiro lugar coube a veterana cantora Teri Thornton, já falecida.

   Fica claro que todo intérprete em início de carreira é influenciado por nomes já consagrados. Com Jane não foi diferente. Seu estilo lembra a grande influência, da primeira dama do jazz Ella Fitzgerald. Com dois compact discs lançados, Never Never Land-2.000 – Abril Music Records e Come Dream With Me-2001-April Music Records e com boa aceitação, interpreta temas como “I´m Through With Love”, “Something To Live For”, “Please, Be Kind” e “Dindi”, este do brasileiro Tom Jobim, em interpretações seguras.

  No final do ano 2000, foi convidada pelo band leader Les Brown, participando do C.D. “Session 55”, onde interpreta as canções “Secret Love” e “Sentimental Journey”, este o maior êxito fonográfico da big band nos anos 1940, com a então jovem lady-crooner Doris Day. Logo após, em janeiro de 2001, Les Brown faleceu aos 89 anos de idade, após uma longa e memorável carreira.

  Em março desse mesmo ano, Jane entrou no estúdio de gravações para realizar um dueto com o pianista e cantor brasileiro Ivan Lins da música inédita “Once I Walked To The Sun”, música de Lins e letra do americano Will Jennings. Ela manifestou também interesse de gravar em português o tema “Começar De Novo” em seu próximo trabalho no disco.

  Os grandes nomes femininos intérpretes do repertório popular norte-americano na atualidade são inquestionavelmente a pianista e cantora canadense Diana Krall e a norte-americana Jane Monheit, consideradas as novas “divas” do jazz. Um terceiro C.D. lançado na América do Norte intitulado “In The Sun”, alcançou enorme sucesso de vendas. Ela fez questão de gravar temas dos grandes compositores do século XX como Harold Arlen, Cole Porter, George Gershwin, Irving Berlin e outros mais.

  No começo de abril de 2002, o público brasileiro tomou contato com Jane Monheit em temporadas no Rio de Janeiro na casa noturna “Mistura Fina” e em São Paulo no “Bourbon Street”. Na discografia  que construiu durante a carreira, sempre se cercou de instrumentistas de renome como Kenny Barron, Ron Carter, Lewis Nash, Bucky Pizzarelli, Hank Crawford e David Newman, só expoentes do jazz, para dizer o mínimo.

   Jane Monheit, tem tudo para se tornar uma das grandes dama do jazz do terceiro milênio. Voz, talento e interpretação, tem de sobra, ocupando um lugar de destaque ao lado das consagradas Ella Fitzgerald  Billie Holiday, Dinah Washington, Anita O´Day, Sarah Vaughan e Carmen McRae. Caros  leitores, ouçam algumas gravações dela e constatem sua excelência vocal e interpretativa no YouTube.

Adicione um comentário

Clique aqui para adicionar um comentário